Enfrentando ações complexas no Judiciário, Ivo Cassol e Valdir Raupp tiveram um início de semana complicado em virtude de reveses sofridos. No caso do líder do PMDB a sensação deve ter sido semelhante a um passeio de montanha-russa: tomou uma na ferradura ontem (segunda-feira 04) e outra no cravo hoje.
Começando pelo senador do PP, a invertida judicial decorre de rejeição de recurso apresentado por Ivo à 5ª Turma do Tribunal Regional Federal 1ª Região, que manteve decisão de instancia inferior através da qual foi condenado por improbidade administrativa cometida no período em que foi prefeito de Rolim de Moura. O parlamentar continua obrigado a restituir os cofres públicos com a quantia de quase dois milhões de reais. Neste processo também figura como ré a empresa Construtora Terraplanagem. Em nível criminal, o caso já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal, que condenou o senador rondoniense a pena de prisão pelo período de 4 anos, dois meses e 26 dias, tornando-o inelegível por oito anos.
No caso de Raupp, a pancada veio da Procuradoria Geral da República, que expediu ontem parecer contrário ao pedido de arquivamento da acusação contra o senador no caso de repercussão nacional em voga, a famigerada Operação Lava Jato. Valdir Raupp terá que prestar depoimento na Polícia Federal já nesta quarta-feira 06, conforme reportagem veiculada há poucos instantes pelo G1. O pemedebista foi implicado no caso pelo doleiro Alberto Youssef, que afirmou ter operacionalizado R$ 500 mil para a campanha de Raupp ao Senado em 2010. Segundo ele, o valor teria saído da cota do PP no esquema de corrupção e seria decorrente de sobrepreços em contratos da Petrobras.
Para alívio momentâneo de Raupp, em decisão tomada nesta terça-feira o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolveu nesta terça-feira (5) em ação sobre aplicação irregular de recursos emprestados do Banco Mundial (Bird) no Estado, quando o parlamentar era governador de Rondônia (1995-1999). Por unanimidade, os quatro ministros da Primeira Turma do STF o inocentaram, por entender que não havia provas contra ele no processo. No processo, a Procuradoria Geral da República, responsável pela acusação no processo, também recomendou a absolvição.
Texto: Extra de Rondônia
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