Através das redes sociais, de cartazes e panfletos; sendo que muito mais ainda será feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), sindicatos filiados, outras Centrais e movimentos sociais. O ódio do neófito deputado federal Expedito Neto, filho do ex-senador Expedito Junior, cassado por compra de voto e abuso do poder econômico, tem um motivo: ele está sendo desmascarado junto aos eleitores.
Ainda não ouvi a entrevista do falastrão deputado debutante, concedida na sexta-feira (15) no programa de entrevista que vai ao ar no meio dia na 93 FM, mas já solicitamos cópia do áudio e vamos pedir o direito a uma entrevista-resposta. Mas me informaram que ele disse horrores sobre a CUT, inclusive teria defendido que a Central fosse extinta.
Mas o que precisa ser extinto mesmo, além dos políticos compradores de votos, são os deputados que se elegem com o voto dos trabalhadores e quando chegam no Congresso Nacional votam em um projeto que extermina os direitos e conquistas da classe trabalhadora, como foi caso do PL-4330 da terceirização ampla, geral e irrestrita…
Expedito Neto começou mal, além de votar contra os trabalhadores ainda tem a desfaçatez de afrontar uma entidade sindical que há décadas luta para defender os direitos dos trabalhadores, inclusive os que já foram vitimas de empresas de vigilância da família dele, que costuma demitir vigilantes e não pagar os direitos trabalhistas…
Como aconteceu em outubro de 2013, quando 1622 vigilantes da empresa Rocha que trabalhavam nas escolas estaduais foram demitidos e não receberam seus direitos, o Sindicato da categoria e a CUT tiveram que pressionar o governo para que as rescisões fossem assumidas pelo Estado (veja na foto manifestação dentro da SEDUC).
O aprendiz de deputado merece o troféu “Óleo de Peroba”, pois ele deveria ser o primeiro a ser contra o PL-4330, já que ele tem uma vasta experiência familiar dos malefícios que a terceirização causa aos trabalhadores, pois empresas de vigilância são terceirizadas.
A CUT e demais entidades sindicais são terminantemente contra o PL-4330 porque ele não objetiva somente regulamentar os atuais 12 milhões de terceirizados, mas principalmente permitir terceirizar os 40 milhões de trabalhadores que atualmente são contratados diretamente pelas empresas, causando um brutal redução de salários, benefícios e direitos.
A prova cabal de que esses deputadozinhos estão com falácia e enganação, quando defendem o PL-4330, é a posição contrária a esse projeto de terceirização dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA) e da OAB Rondônia.
Texto: Itamar Ferreira (Presidente da CUT)
Foto: Divulgação