O anúncio dos cortes de gastos da União na semana passada acendeu uma luz de alerta aos gestores públicos mais sensatos. Este é o pensamento de José Carlos Arrigo, secretário vilhenense de Educação, que está preocupado com as novas diretrizes orçamentárias. Isto porque a tendência é que haja redução de investimentos em programas que estão sendo desenvolvidos, além da perspectiva de novos empreendimentos.
A sensação de insegurança é grande, uma vez que os planejamentos elaborados para o setor estavam baseados em projeções sobre o orçamento da União. Na educação o corte foi profundo, alcançando 19,3%, o que corresponde a quase nove bilhões e meio de reais. “A medida é drástica, e fica ainda mais preocupante em virtude da obrigatoriedade da oferta de ensino na faixa etária compreendida entre os quatro e 17 anos de idade, o que obrigatoriamente corresponde a mais investimentos em construção de escolas, aparelhamento dos estabelecimentos e contratação de pessoal. É preciso saber de onde virá o dinheiro necessário para o custeio, posto que a nova medida começa a valer a partir do ano que vêm”, explica Arrigo.
O momento agora é de cautela e expectativa, pois ainda não foi divulgado o detalhamento dos cortes orçamentários. “Precisamos deste posicionamento por parte do governo federal o mais rápido possível, para readequarmos nossas metas e planejamento em tempo hábil a fim de pelo menos minimizar o impacto negativo das medidas”, finalizou o secretário.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia