Um dos eventos mais tradicionais realizados por igrejas evangélicas de Vilhena no dia 18 de junho não será realizado este ano.
A informação foi dada pelo Pastor Genivaldo Santos, presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos de Vilhena (ORMEVI), entidade que agrega lideranças de várias denominações cristãs da cidade.
Ao Extra de Rondônia, ele afirma existir uma grande divisão entre os fiéis acerca da legitimidade do feriado do “Dia do Evangélico” estabelecido para a data em que a passeata costumava ser realizada.
“Na verdade a escolha deste dia favorece a Igreja Assembleia de Deus, cuja data de fundação no Brasil é justamente 18 de junho. Os deputados que criaram a lei foram tendenciosos na questão, e isso desagrada grande número de fiéis”, declarou Santos.
Ele também destacou que ordens similares a qual preside, caso de Porto Velho e Ji-Paraná, por exemplo, são contrárias ao feriado. Prosseguindo, o pastor também afirma que a lei que estabeleceu o feriado foi “colocada goela abaixo às demais denominações”, e não houve nenhum debate ou consulta entre as lideranças para decidir sobre o assunto.
Genivaldo acrescentou que a criação do feriado religioso contraria preceitos de várias igrejas, que criticam outras datas alusivas a figuras da Igreja Católica. “Se nós criticamos tal situação é incoerente aprovarmos um feriado em homenagem aos evangélicos. Na verdade, todo e qualquer dia é ‘Dia do Evangélico’, e quem é fiel a Deus não precisa ter um dia específico para honrar ao Senhor”, argumenta.
Finalizando, Santos também frisa que o calendário já conta com feriados demais, o que acaba penalizando a economia. “Os empresários já são castigados por uma carga tributária enorme, e cada dia com as portas fechadas em virtude de datas comemorativas traduz-se em prejuízos”. A tendência da ORMEVI para o próximo ano é realizar a “Marcha Para Jesus” em consonância com o restante do país, onde o evento ocorre no início de junho.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Arquivo Pessoal
