O escândalo ocorrido há algumas semanas envolvendo um ex-pastor que exerce função pública em rumoroso caso de adultério teve como consequência intensos debates sobre o envolvimento de líderes cristãos com a política eleitoral.
O caso repercutiu com intenso impacto no meio evangélico e abriu uma discussão importante, na opinião do presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos de Vilhena (ORMEVI), Pastor Genivaldo Santos.
“Foi uma situação constrangedora para todos e ficamos numa situação difícil, pois a pessoa sequer exercia a função de pastor há mais de uma década, no entanto não evitava usar a antiga função agregada ao seu próprio nome”, comentou Genivaldo ao Extra de Rondônia.
Em virtude deste fato, a ORMEVI se viu impedida de adotar posicionamento oficial diante da questão, considerada “grave” caso o envolvido estivesse responsável pelo ministério da fé.
Apesar de tudo a situação serviu para reflexão e tomada de posicionamento por várias denominações cristãs de separar as coisas a partir de agora. De acordo com Santos várias igrejas estão alterando seus estatutos estabelecendo a partir de agora que os pastores tem liberdade para optar pela política caso acreditem ser esta sua verdadeira vocação, “mas terão que se afastar definitivamente do ministério”, e não temporariamente – durante apenas o exercício de mandato ou função pública – como normalmente acontecia. “Na minha igreja e em muitas outras esta normativa já está oficializada”, disse Genivaldo.
Mas isso não quer dizer que a política deixará de ser discutida pelos crentes. “Ao contrário, queremos que nosso rebanho seja politizado e tenha conhecimento da realidade em que vive, inclusive participando de ações com tal enfoque na comunidade. Mas, no caso das lideranças que exercem funções de ‘pastoreio’ a pessoa terá que tomar uma decisão sobre qual carreira pretende seguir”, explicou o presidente da ordem.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia