Um dos políticos investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de envolvimento com a corrupção na Petrobras, o ex-deputado Carlos Magno Ramos (PP-RO) alegou em depoimento à Polícia Federal que ”perdeu parte da memória” depois de uma encefalopatia provocada por hepatite C. O STF abriu inquéritos para investigar diversos políticos citados em delações premiadas da Lava Jato. Os casos estão sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.
Em entrevista à Folha de São Paulo nesta terça (23), por telefone, que, apesar dos problemas de saúde, tem certeza de que não conheceu o doleiro Alberto Youssef nem foi beneficiado por recursos desviados do esquema na Petrobras.
Em depoimento prestado em fevereiro passado, como parte do acordo de delação premiada, Youssef afirmou que Magno foi um dos beneficiados com o esquema ao receber R$ 150 mil para aquisição de vacinas destinadas ao seu tratamento de saúde. E que ”recebia também valores mensalmente”. Magno contou à Folha que contraiu a hepatite há mais de 15 anos e que, após tomar posse como deputado, em 2011, passou a ter crises frequentes, só amenizadas com medicamentos muito caros. Todo o tratamento, de acordo com Magno, foi bancado pela Câmara. Ele disse que tomou empréstimos em bancos, usou o dinheiro na aquisição de vacinas e remédios e depois foi ressarcido pelo Congresso. (Rubens Valente e Márcia Falcão).
Autor: Folha de S.Paulo
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