Após manifestação do Ministério Público em Ariquemes, que através de recomendação orientou a PM daquele Município a não manter efetivos e viaturas em tempo integral no interior do parque de exposições da cidade durante a Expoari, a Associação de Policiais e Bombeiros Militares de Vilhena quer saber o posicionamento dos promotores públicos locais acerca da questão. No documento assinado por cinco integrantes do MP daquela cidade a argumentação principal somou os problemas de falta de efetivo para o policiamento da cidade, além da obediência ao que determina o artigo 144 da Constituição Federal, determinando as funções da corporação militar.
Segundo o ponto de vista das autoridades que assinaram a recomendação, por se tratar de evento privado com cobrança de ingresso, cabe aos organizadores a responsabilidade de implantar no evento um sistema de segurança próprio. À Polícia Militar caberia apenas operar fora das dependências do parque em virtude da movimentação gerada pela feira, mas em caso de ocorrências ou flagrantes os policiais devem agir dentro do parque.
Partindo de tal recomendação, a Associação de Policiais e Bombeiros Militares de Vilhena oficiou a Curadoria de Segurança Pública local acerca do assunto. O documento foi encaminhado no dia 1º deste mês, no entanto até agora não houve resposta. Integrantes da entidade procuraram o Extra de Rondônia nesta quinta-feira 25 para manifestar sua preocupação acerca da ausência do retorno. “Se a medida é considerada inconstitucional, então a recomendação expedida em Ariquemes é válida para Vilhena e as demais cidades. Além disso, os outros problemas apontados pelo MP naquela cidade estão presentes aqui, com alto índice de criminalidade e carência de efetivos”, afirmou um integrante da entidade.
Como faltam poucos dias para o início da 30ª Expovil os militares estão apreensivos, “pois o quanto antes houver posicionamento do MP sobre o assunto mais tempo sobrará para organização do esquema de segurança da exposição, independente disso ficar à cargo da PM ou da organização da feira”, argumentou o entrevistado.
Cópia do ofício encaminhado ao Ministério Público está disponível no profile da associação no Facebook e despertou o interesse da maioria da tropa na questão.
Fonte: Extra de Rondônia/Rondoniagora
Foto: Divulgação