Reunião aconteceu na Justiça do Trabalho na tarde de terça-feira, 7, em Vilhena
Reunião aconteceu na Justiça do Trabalho na tarde de terça-feira, 7, em Vilhena

A reunião entre membros do Ministério Publico do Trabalho, autoridades politicas, advogados, representantes da Marfrig , comissão de trabalhadores da empresa e sindicato da categoria aconteceu no auditório da Justiça do Trabalho na tarde de terça-feira, 7, em Vilhena.

O embate entre as categorias durou quase duas horas até a chegada de acordo comum.

Assessores jurídicos alegaram que a empresa instalada no município está gerando prejuízos ao grupo desde o ano 2011. A possibilidade de que continue na região é remota, já que estão aplicando fundos em algo que não esteja dando resultados satisfatórios.

Ainda, de acordo com os advogados, a situação em 2015 se agravou, considerando-o como “ano morto”.

No êxtase da discussão presidida pela Juíza do Trabalho, Fernanda Antunes Marques Junqueira, os representantes da empresa propôs um acordo com os funcionários para que, os demitidos, além de receber o benefício do seguro desemprego, a Marfrig ajudaria com uma cesta básica de aproximadamente R$ 200,00 durante os cinco meses que restam para o término do ano.

Com a chegada de 2016, os diretores da multinacional se reuniriam para reavaliar as condições. “Não gostaríamos de vender ilusões”, enfatizou Renato dos Anjos, advogado da Marfrig.

Outra situação negativa colocada pela empresa seria a forte queda do valor de mercado. Em pouco tempo, segundo eles,  a comercialização de carne bovina caiu, em  medida, cerca de R$ 10,00.

“É fácil para a empresa fechar as portas, demitir os empregados e dar tchau, porque não depende unicamente da Marfrig, unidade de Chupinguaia”, ressaltou a juíza que a todo o momento buscava alternativas para impedir o fechamento.

Vereadores do município replicaram a ideia do asfaltamento que, inicialmente, seria o estopim para a paralisação das atividades da empresa no local, contudo, contestado pela empresa. “Nós estamos aguardando por esta pavimentação asfáltica por nove anos. Há muito tempo lutamos por esta melhoria, mas, agora não está mais em pauta”, explicou dos Anjos.

De acordo com Presidente da Câmara de Vereadores de Chupinguaia, Valmir Passito, todas as medidas possíveis estão sendo adotadas para evitar o que seria um “desastre econômico” para o município, já que a empresa opera com mais de mil empregos diretos e indiretos.

Segundo Passito, as obras de asfaltamento, conforme previsto, reinicia já na próxima semana e será implantado o transporte coletivo.

Diante das incertezas em relação ao futuro, a empresa se comprometeu a sentar novamente com todos os membros das classes e MPT no dia 20 de julho, às 15h30, onde discutirão, em nossa fase, os rumos a serem tomados.

O QUE FICOU DECIDIDO

As partes com anuência do MPT decidiram pela concessão inicial de licença remunerada entre os dias 7 a 12 de julho. Após esse período, uma grande parcela dos funcionários deverá gozar por 20 dias de férias coletivas, podendo, por convenção das partes, ser estendido por mais dez dias, com exceção das atividades essenciais à manutenção da unidade a serem definidas pela Marfrig.

Ficou firmado que a empresa não poderá efetuar nenhuma demissão conforme despacho já emitido pela Vara do Trabalho de Vilhena. Caso não respeite a decisão da justiça, a unidade estará sujeita a uma multa de R$ 50 milhões.

As tratativas que foram apresentadas na sessão, em ordem a viabilizar a continuidade da prestação da atividade na unidade de Chupinguaia/RO, conforme a seguir:

Por parte do Juízo:

  1. Implementação de PDV;
  2. Flexibilização da jornada de trabalho, com possibilidade de implementação de bancos de horas;
  3. Funcionamento reduzido da operação na unidade;
  4. Aproveitamento da mão de obra para desempenho de atividades diversas, mediante prévia qualificação.

Por parte do poder público:

  1. Pavimentação da estrada que liga o município ao frigorífico;
  2. Implementação do transporte público;

Por parte do Sindicato:

  1. Contatar fornecedores de gado da Marfrig para negociação da forma de pagamento.

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Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

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