Através da rede social Facebook, o ex-deputado federal Mariton Benedito de Holanda, conhecido na política como “Padre Ton”, informou que não é mais clérigo da Igreja Católica.
Ele explicou que o Papa Francisco deferiu seu pedido de laicização. Lembrou que foi ordenado sacerdote em dezembro de 1998 e cheguei em Rondônia no dia 05 de dezembro de 1999 para trabalhar como religioso missionário nos municípios de Santa Luzia do Oeste, Parecis e Alto Alegre dos Parecis.
Foi eleito prefeito duas vezes, deputado federal e foi candidato ao governo de Rondônia na eleição de 2014.. “Agora serei um cristão comum, simples e humilde e poderei receber os sacramentos da igreja”, diz m trecho do comunicado.
>>> Leia, abaixo, o manifesto na íntegra:
Comunico aos meus amigos e amigas que me conhecem como Padre Ton, que desde novembro de 2010 fui proibido de celebrar missa pelo então bispo da diocese de Ji Parana Dom Pedron, por ele achar incompatível exercer o ministério sacerdotal e a política, apesar de eu pertencer a Congregação dos Missionários do Verbo Divino. Fui ordenado sacerdote em Dezembro de 1998.
Cheguei ao Estado de Rondônia no dia 05 de dezembro de 1999, para trabalhar como religioso missionário nos municípios de Sta. Luzia do Oeste, Parecis e Alto Alegre dos Parecis. Entrei na politica em 2003, respondendo um pedido do povo, e fiz o bom combate me elegendo duas vezes prefeito e depois deputado federal.
Há quase dois anos já não vivendo na vida comunitária com os meus irmãos Verbitas, conversando com os meus superiores e principalmente me colocando diante de Deus, tomei a decisão que meu coração mandou e escrevi ao Santo Padre Papa Francisco o meu pedido de laicização. Hoje cedo recebi a informação de Roma que a Santa Sé acaba de me conceder esse processo que me libera do ministério sacerdotal.
Quero dizer que a vida continua e que vocês me compreendam e me ajudem, pois foram anos maravilhosos servindo a minha Igreja que é no meu entendimento o povo de Deus, acredito não ter decepcionado ninguém.
Agora com recebendo o Processo de Laicização serei um cristão comum, simples e humilde e poderei receber os sacramentos da igreja. O próprio Concílio Vaticano II, através de sua Constituição Dogmática Lumen Gentium enfatizou que a Igreja é povo de Deus.
O povo é errante, pois apesar de estar mergulhado nas graças do batismo, ainda sofre as consequências da fragilidade que o pecado lhe deixou. Paz e bem no Verbo Divino.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Divulgação