Na manhã desta terça-feira, em duas investidas, a Polícia Federal (PF) esteve em escritórios que pertencem a pessoas bem próximas a administração municipal.
No mês passado uma empresa que presta serviços ao Município também foi alvo de ação da PF. É evidente que alguma coisa muito grave está acontecendo, no entanto parece que os que pagam a conta toda – tanto da corrupção quanto o custeio de ações como a realizada pelos Federais para combate-la – não possuem o direito de saber o que acontece.
No mês passado a empresa Tend Tudo Assessórios teve documentos e computadores apreendidos, assim como seu proprietário passou horas a fio na delegacia da PF prestando depoimento.
Hoje de manhã os federais estiveram no escritório de contabilidade Alpha, que pertence ao pai do secretário municipal Gustavo Valmórbida, personagem principal da administração vilhenense depois do prefeito Zé Rover, assim como na sede da empresa Projetus, empreiteira que “papa” as principais licitações realizadas pelo Município.
É a Projetus, que pertence ao empresário Fausto Moura, que vai executar parte dos 40 quilômetros de pavimentação asfáltica recém-lançado pelo prefeito Zé Rover. A empresa ficará responsável pelas obras nos setores 7A, 15, 17, 29 e 39, e, no Lote II, nos setores 17, 19 e 20. A obra inteira deve custar mais de R$ 50 milhões.
Que algo importante ocorre não há dúvidas. No entanto, o mistério ainda permanece: o que ocorre? A PF não passa informação alguma sobre suas ações, o Município segue mudo diante do ocorrido e o Parlamento faz de conta que tudo está acontecendo em outro planeta.
Enquanto isso, Vilhena se prepara pra outro processo eletivo municipal mergulhada na incerteza acerca da lisura e honestidade de boa parte de sua classe política, incluindo os que atualmente ocupam o poder.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia