A redação Extra de Rondônia recebeu denúncia que uma adolescente, de 15 anos, que não tem família e vive sobre proteção do Estado, havia fugido do abrigo municipal de Vilhena neste final de semana.
Ela levou uma criança de 11 anos. Ainda, segundo relatos, a menor fugiu porque sofre maus tratos e pressão psicológica.
No final da manhã desta terça-feira, 22, a reportagem foi até ao Conselho Tutelar para apurar se as conselheiras tinham conhecimento do fato. Porém, as meninas em questão, tinham procurado ajuda no Centro de Atendimento a Mulher (CAM) e haviam sido levadas para a sede do Conselho.
Segundo contou a adolescente, ela está cansada de sofrer maus tratos, e fugiu para contar às autoridades o que está acontecendo no abrigo. A menor acusa o coordenador da instituição pelas agressões.
A menor disse que ela e a outra menina voltaram para o abrigo, mas o coordenador não deixou que elas entrassem na casa, e as agrediu verbalmente, mandando que fossem embora.
COORDENADOR NEGA AGRESSÕES
Em contato com o Extra de Rondônia, o coordenador do abrigo disse ao site que não procede às acusações da adolescente. Inclusive ele está de férias e, mesmo assim, vai à instituição para ver como as crianças estão.
Ao tomar conhecimento que elas haviam voltado, ele foi até ao abrigo e estava conversando com a menor de 11 anos. Porém, a adolescente saiu para rua novamente e fugiu levando a criança com ela. “Não tenho poder de polícia, não posso persegui-las na rua, mandei que avisassem o conselho para tomarem providências”, destacou o coordenador.
Ainda, segundo o coordenador, a casa é para abrigar apenas crianças, mas o abrigo para adolescentes fechou. Com isso, a adolescente em questão teve que ser transferida para lá. “Desde 2009 coordeno o abrigo, e não tinha problemas nenhum, até que esta adolescente chegou, ai ela faz a cabeça das crianças contra mim”, disse o coordenador.
Membros do Conselho fizeram um minucioso relatório do caso relatado pela adolescente, e irão enviar para o ministério público (MP), para que seja tomada devidas providências e o caso apurado com rigor.
O site vai preservar nomes por se tratar de envolvimento de menores.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Ilustração