Acreditar que tirar Rover resolveria todos os problemas de Vilhena, seria como acreditar no cartaz da esquina que promete “trazer a pessoa amada em 7 dias”. Pura fantasia.
Seria ainda como trocar o rasgado pelo remendado. Vale lembrar que seu vice-prefeito só denunciou porque não foi atendido em nomeações de seu interesse. Se assim fosse, estaria até hoje nos deleites que a vida pública consagra e com aplausos para administração.
Rover cometeu erros administrativos que são muito maiores que a própria corrupção anunciada na sua gestão e capitaneada por seu grupelho que agia como uma administração pública paralela e o gestor maior insiste dizer que não teve participação.
O mal que esses erros irão causar na vida dos cidadãos vilhenenses e na economia da cidade é incalculável, basta observar quase nenhum investimento de médio e grande porte ocorrido na cidade.
O desespero de registrar o fomento na política de investimento para gerar renda e empregos na cidade chegou ao ápice da hipocrisia quando uma singela notícia da instalação de uma loja de rede nacional cuja atividade na venda de departamentos não difere de nenhuma outra loja já existente na cidade, faltando apenas conceder ao proprietário da rede “Moção de Aplauso” na Câmara Municipal, fora isto, não faltou afagos, chamegos, abraços e fotos, muitas fotos. Ridículo. É a falência total como gestor público.
Sendo assim, já sabemos, o desemprego na cidade toma conta de todos os lares. A juventude caminha para o destino incerto. Na saúde morre-se todo dia. Não passam dois dias sem registro de óbito no Hospital Regional. Nos Postos de Saúde, diretores são agredidos verbalmente por falta de médicos. É a falência gerencial da atividade e o gestor até parece que não é com ele.
Na educação, dos cortes de despesas, pensa-se até em sus pender o cafezinho na sala dos professores. Nas demais atividades, esquece, pode apagar as luzes da secretaria e ir embora, o cenário é de silêncio sepulcral nos corredores.
O que ocorreu? Tal qual o Brasil, gastou-se muito mais do que arrecadou, criou-se o chamado “rombo” nas contas públicas. O Brasil, dizem os mais otimistas, a crise passa depois de 2017. Os pessimistas dizem que a crise ainda vai chegar.
Em Vilhena, a crise, que é maior que a corrupção, pois esta identificada, pune e busca recuperar para os cofres públicos o que dela foi surrupiada, mas o “rombo” leva-se anos e anos para ajustar e permitir novos investimentos. Até lá, suspende-se tudo, suspende até medicamentos, mesmo a custas de vidas no hospital. Suspende os mais simples compromissos com a educação. Esquece quaisquer medidas na criação de geração de empregos, enfim, Vilhena vai pagar um alto preço pelos erros administrativos e que com Rover ou sem Rover vamos amargar sofrimentos que não se cura nos próximos 450 dias restante do mandato de Rover e seu clã. Vamos precisar de muito mais dias para acreditar no fim da crise que assola os Vilhenenses, depende de qual grupelho vai comandar o Paço Municipal a partir de 2017.
Caetano Neto – advogado
Texto: Cateano Neto
Foto: Divulgação