485770_449653991753480_246851781_nOs presidiários da Casa de Detenção Dr. José Mario Alves da Silva, o Urso Branco, em Porto Velho estão fazendo uma rebelião desde o final da tarde de domingo (18). O tumulto começou quando aproximadamente 70 presos se recusaram a liberar 38 familiares que estavam em horário de visita. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), até 500 detentos podem estar soltos dentro do local. Apesar disso, o órgão garante que a situação está controlada.

Nesta manhã, alguns detentos rebelados subiram na caixa d’água do presídio. Eles penduraram faixas com inscrições de facções criminosas e reivindicaram mudanças na direção da unidade. Amigos e familiares aguardam do lado de fora e bloqueiam a via de acesso à penitenciária. Eles pedem uma solução para o caso e exigem a presença do corregedor-geral de Justiça do Estado e de representantes de Direitos Humanos.

De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores do Estado de Rondônia (Singeperon), por volta das 17h de domingo, os detentos estavam com os visitantes na capela do pavilhão A. Quando os agentes anunciaram o encerramento do horário de visita, os presidiários se recusaram a liberar os familiares, fazendo os visitantes de “escudo humano”. Às 19h, a direção do Urso Branco teria tentado negociar com os presos.

Ainda conforme o Singeperon, por volta de 1h, os presos quebraram uma parte da parede da igreja e invadiram outros pavilhões da penitenciária, libertando os demais detentos. Houve queima de colchões e depredação de celas.

Até as 10h desta segunda-feira (horário local), os familiares continuavam dentro da penitenciária. Todos os detentos saíram das celas e estão soltos na penitenciária, mas, segundo a Sejus, não há risco de que os presidiários saiam do Urso Branco. No início da manhã, um grupo tentou fugir, mas foi contido pela força tática com balas de borracha.

A secretaria informou ainda que o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar foi enviado ao Urso Branco e deve entrar no presídio para conter os detentos. Também foi solicitado o envio de um negociador da PM para tratar com o presidiários.

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Fonte: G1

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