A professora Fernanda Maura Firmino, diretora da escola municipal Ivete Brustolin, ocupou a tribuna da Câmara de Vilhena, na manhã desta terça-feira, 1, para explicar a precariedade da unidade de ensino.
Ela mostrou sua indignação ao dizer que “a escola está caindo em nossas cabeças”. Semana passada, a diretora convidou vereadores para uma reunião com professores e pais para avaliar o abandono da escola.
Na ocasião, com ajuda de um retroprojetor, relatou o drama que vivem diariamente devido à falta de estrutura física. Imagens foram mostradas comprovam o caos instalado na unidade educativa. Cartazes espalhados cobraram do prefeito Zé Rover e do então secretário municipal de educação, José Arrigo, a promessa de melhorias na estrutura física. “A escola nunca esteve tão abandonada como hoje”, lamentou.
Na sessão ordinária no Legislativo, Fernanda disse que sua peregrinação nos corredores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) não deu resultado e, cansada, resolveu convidar os vereadores.
A professora Edna Will, que também ocupou a tribuna da Casa, denunciou o que poderia ser considerado fraude numa pequena obra dentro do Ivete Brustolin: quatro banheiros foram reformados pelo valor de R$ 64 mil. Porém, antes mesmo da inauguração, a obra estava com defeito. “Estamos cansados. A gente sempre se pergunta: será que vai ter água no final da aula? Temos apenas reservatório que o SAAE abastece”, desabafou, enquanto que Fernanda completou: “Vamos protocolar denúncia neste sentido no Ministério Público. E só vamos começar o ano letivo de 2016 com a escola reformada. Não queremos remendos, queremos uma escola que possa atender com qualidade nossos alunos”.
Os vereadores reagiram às reclamações dos professores. “Confesso que fiquei com vergonha de ir à escola Ivete Brustolin. A impressão que se tem é que se escondia o sol com a peneira. Os alunos não têm o mínimo de conforto para estudar. E o pior está na merenda escolar. Fiquei surpreso ao saber que no dia da reunião, na escola, chegaram 39 frangos, quando eles recebem diariamente apenas 9. O Executivo só se mexe quando é pressionado”, defendeu Junior Donadon.
Já Valdete Savaris afirmou que vai acompanhar os professores até que as reivindicações sejam atendidas pelo Executivo.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia