A vilhenense Sandra Mendes, prima de Marciano Cardoso Mendes, revelou ao Extra de Rondônia detalhes sobre os últimos acontecimentos acerca da morte do rapaz, assassinado com um colega por índios da etnia Enawene Nawe, na semana passada. Segundo ela foi necessário pagar “resgate” pelos corpos das vítimas, e que paira em Juína, onde morava Marciano, um clima de “revolta” contra os índios. Sandra confirma que a família quer “justiça”, e deve responsabilizar o poder público pelo ocorrido: “onde está a segurança das pessoas”, questiona.
Sandra afirmou que a confirmação das mortes do primo e o resgate dos cadáveres foi um processo complicado. “Houve mobilização na cidade, mas no final tiveram que entregar 300 litros de combustível aos índios em troca dos corpos”, denuncia. Em consequência do episódio, comerciantes de Juína não querem mais atender os índios nas lojas da cidade, ao passo que estes estariam fomentando um clima de ameaça, sugerindo que podem fazer tudo de novo. Contingentes da Polícia Federal que estavam mobiliados para o esclarecimento do caso já deixaram a região. “Está perigoso viajar pela 174, e todos tem medo”, disse a entrevistada.
O sepultamento das vítimas aconteceu no domingo em clima de revolta. “Queremos uma explicação das autoridades, punição para os culpados e garantia de segurança para todos”, afirma Sandra. Ela finalizou confirmando que entre os índios presos ontem em Vilhena com veículo roubado está mesmo um cacique que teria ordenado a execução dos dois rapazes, que foram brutalmente “espancados e morto por rajadas de tiros”.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Juína News
