A professora Fátima Gaviolli, que comanda a Secretaria de Estado da Educação, disse nesta segunda-feira, 15, em Vilhena, que a falta de procura que ocasionou o fim das aulas noturnas num dos colégios mais tradicionais da rede estadual na cidade é um “fenômeno natural”.
Ao Extra de Rondônia, ela explicou que a queda no número de estudantes para a composição de turmas escolares é decorrente da decisão das famílias em terem menos filhos. “Isso não está acontecendo apenas em Vilhena, mas é detectado em todo o Brasil, além de outros países”. Em seu ponto de vista caberá aos gestores procurar meios de utilização dos espaços escolares ociosos para atividades positivas à sociedade.
O questionamento a Fátima Gaviolli foi feito pela reportagem do Extra de Rondônia em virtude do anúncio da extinção do período noturno de aulas nas escolas Marechal Rondon ocorrido dias atrás.
A justificativa apresentada para a decisão foi a falta de alunos para a composição de quantidade de turmas viável para o funcionamento do colégio neste horário. Segundo a secretária, o fator não corresponde a dizer que está havendo evasão do sistema. “As famílias encolheram, e os dados do IBGE confirmam que houve queda de 13% no número de estudantes nos ensinos primário e secundário nos últimos anos”, declarou.
A conjuntura também leva os governos a investirem menos na construção de novas escolas, de acordo com Fátima. No entanto, ela garante que isso não quer dizer que haverá queda no volume de investimentos para o setor. “O que deverá acontecer será a readequação dos gastos, com a busca de alternativas para fazer com que es estruturas existentes sejam aproveitadas para outros fins educacionais, paralelos ao ensino formal”, encerrou.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia