A Polícia Civil revelou mais detalhes da investigação que arrola documentos e há indícios de superfaturamentos no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), em Vilhena.
De acordo com a Civil, a investigação constatou através de documentos apreendidos que houve superfaturamento de R$ 55 mil nos contratos recebidos pela empresa “fantasma”, que leva o nome MWX.
Os serviços prestados pela MWX de consultoria e contabilidade foram pagos desde 2011 até dezembro 2015. E continuaria recebendo até junho de 2016, já que havia ordem para novo aditivo, mas com a investigação essa prestação de serviço foi suspensa.
Ainda há indícios de fraude nas cotações dos preços que estão em análise, mas esse rombo, segundo a polícia, já está comprovado.
Os envolvidos já foram ouvidos e confirmaram que a empresa não tem sede, funcionários, nem qualquer bem.
O sócio de fato seria Washington Luiz Sarat que colocou a empresa em nome de sua esposa Adriana Rame, juntamente com Marcelo Novais Marinho.
Ainda, segundo a Civil, ficou comprovado que Washington era funcionário da prefeitura até 10/02/2016, lotado no gabinete do prefeito e não poderia ser sócio da empresa, pois a lei de licitações proíbe.
Outra informação importante é que há várias outras irregularidades na prestação de serviços. Por ser uma empresa fantasma, não tinha capacidade técnica para realizar os serviços contratados pelo SAAE, então, realizava apenas parte do serviço do que era paga.
Isso chegou a ser constatado pela auditoria do município ainda em 2011, ocasião em que o diretor Josafá Lopes Bezerra contestou a recomendação da auditoria interna e referendou o desvio de dinheiro até os dias atuais.
O site deixa espaço disponível para envolvidos no caso deixar eventuais esclarecimentos.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia