A confusão entre a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) e a comunidade do distrito de Planalto São Luiz, região pertencente ao município de Cabixi, ainda vem se arrastando. Essa semana, o grupo que se intitula comissão de pais dos alunos da escola Planalto, entrou em contato com o Extra de Rondônia para falar que estão firmes na manifestação e que pretendem recorrer a todos os órgãos possíveis para tentar manter o ensino tradicional na escola.
O grupo não aceita a implantação do projeto que oferece aos estudantes aulas por teleconferência, algo idêntico à educação à distância, e desde o início de março vem travando uma queda de braço com a SEDUC. Os maiores prejudicados, logicamente os alunos, estão sem aula e não há previsão de quando a encrenca irá terminar.
A SEDUC não abre mão do projeto, enquanto os pais estão irredutíveis com relação ao ensino tradicional. Em contato com esta página eletrônica, os manifestantes relataram que a professora Oracira Godinho da Silva, coordenadora regional de educação no Cone-sul está proibida de entrar na escola.
A comissão de pais relatou que a coordenadora de educação proibiu a direção da escola de ofertar aulas tradicionais aos alunos que devem ser assistidos pelo projeto da teleconferência. “Os alunos vão à escola, temos os professores, mas estão proibidos de dar aulas. Parece até que esta secretaria está acima da lei não respeitando a decisão da comunidade, não respeitando o estatuto da criança e do adolescente”, diz nota encaminhada à imprensa.
A comissão de pais acredita que a professora Oracira, bem como a SEDUC estão fazendo uma retaliação contra os manifestantes proibindo as aulas tradicionais na instituição de ensino.
O grupo manifestante se apoia no artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para dar continuidade ao movimento contrário ao projeto estipulado pela SEDUC: “LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990/ Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: IV – direito de organização e participação em entidades estudantis; V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.
O Extra de Rondônia deixa espaço aberto tanto para a SEDUC quanto à professora Oracira para comentar a respeito do assunto.
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TEXTO: Extra de Rondônia
FOTOS: Divulgação