O presidente da Câmara de Vilhena, Junior Donadon (sem partido), respondeu à altura questionamento do prefeito Zé Rove (PP), que solicitou diminuição do repasse à Câmara estabelecido por lei.
Na sessão ordinária desta terça-feira, 15, Rover e mais três secretários municipais foram convocados a prestar esclarecimentos a respeito da difícil situação administrativa pela que passa o município. Além do prefeito, estiveram os titulares das secretarias de Educação, Obras e Assistência Social, este último representado pelo adjunto.
Ao faze uso da palavra, o prefeito tentou conter os ânimos dos servidores municipais, que reclamaram da falta de responsabilidade com os salários do funcionalismo, que está em constante atraso.
Em dado momento, Rover pediu ao presidente do Legislativo para diminuir o repasse da Casa para pagar os servidores. A reação de Junior Donadon foi imediata. O parlamentar pediu ao prefeito para ter mais humildade e que assuma suas responsabilidades na condição de gestor do Município, pelo menos, pagando em dia os servidores públicos municipais. “É inadmissível o prefeito querer jogar a culpa dos seus atos à Câmara. Ele tem que ser responsável pelo caos em que se encontra o Município. Se a prefeitura está desse jeito, se as escolas estão precárias, se a Saúde está um caos, não é culpa de mais ninguém a não ser o próprio prefeito. Ele quer que eu deixe de pagar os servidores do Legislativo para assumir responsabilidade dele. Seria, por exemplo, ele querer usar o orçamento do Judiciário para pagar servidores da prefeitura. Isso não existe. Rover tem R$ 20 milhões mensais, um total de R$ 244 milhões anuais para organizar as contas públicas e não consegue. Tudo isto motivou a provocação de suas contas pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia”, ressaltou.
Para tentar resolver o atraso de salários dos servidores, Junior Donadon sugeriu ao prefeito diminuir o próprio salário, que é de R$ 19,800; a do vice-prefeito que é de R$ 10.800, além de secretários municipais e assessores executivos que são de R$ 7.900,00, conforme a Lei número 3.917 de 12 de junho de 2014. “São mais de 1.200 cargos comissionados na prefeitura. Certamente que, diminuindo os salários dos comissionados, vai ajudar a pagar em dia os salários dos servidores municipais”, ponderou.
Texto e foto: Assessoria
