O júri popular desta quinta-feira, 17, teve na cadeira dos réus dois jovens acusados de tentarem contra a vida de um catador de latinhas.
O crime ocorreu na madrugada do domingo, 26 de julho de 2015, em frente a casa noturna Terraçus, em Vilhena.
Na ocasião, os jovens Weberson Gonçalves Ramos, de 20 anos, e Henrique Conceição Jacomino se envolveram numa confusão e em meio a briga sobrou facadas para o catador de latinhas Delmar da Rosa, de 46 anos.
Em meio ao tumulto, o catador de latinhas, segundo narrado no inquérito, foi golpeado nas costas e no pescoço.
As investigações apontou que os autores dos golpes foi Weberson, mas a narrativa da vítima e do segurança da casa noturna incriminaram também Henrique, colocando o mesmo na cena do crime.
O inquérito se tornou confuso e os envolvidos narraram os fatos com várias contradições, cada um “tirando o seu da reta”, fato que foi discutido durante todo o julgamento que teve a participação de dois defensores públicos, um para cada réu.
A acusação a cargo do promotor de justiça João Paulo Lopes se baseou no fato de que os acusados agiram de crueldade golpeando a vítima pelas costas. A defesa do réu Henrique, a cargo de George Barreto Filho extraia dos depoimentos narrados no processo confuso que colocaram em dúvida a participação de Henrique.
Já Weberson teve sua versão, ao contrário do que narrou em juízo, mudada, pois foi orientado pela sua defensora a contar a verdade. A defensora narrou aos jurados sua lógica dos fatos e ao final pediu que eles considerassem o crime como lesão corporal grave e não tentativa de homicídio, pois o réu Weberson tinha condições de consumar o crime, mas desistiu.
O júri que teve réplica e tréplica terminou por volta das 16h00 com a leitura da sentença da condenação de Weberson (4 anos e 8 meses no regime semiaberto) e absolvição de Henrique.
Os dois ficaram presos durante oito meses aguardando o julgamento.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia