A vereadora Valdete Savaris (PPS) rebateu afirmações do secretário municipal de administração (Semad), Eliseu Lima, quando garante que a prefeitura tem apenas 298 cargos comissionados, com gasto de R$ 361 mil por mês.
Lima ameaçou mover ação judicial contra a parlamentar e o presidente do Sindicato dos servidores públicos de Vilhena (Sindsul), Wanderley Cargos, por – segundo ele – “divulgar falsa notícia”. Ele acusou Valdete de fazer politicagem para garantir a reeleição.
Valdete, que é servidora pública municipal voltada à Educação, reafirmou suas colocações ditas anteriormente e mostrou documentos que comprovam que a prefeitura tem 899 cargos comissionados à disposição, com gastos de R$ 1,4 milhão.
Ela se refere especificamente à Tabela de Cargos de Provimento em Comissão de Direção e Assessoramento Superior assinado em 12 de junho de 2014 pelo prefeito Zé Rover. A lei complementar, de número 215/2014, começou a vigorar no dia 1 de janeiro de 2015. Essa lei é a que está vigente na prefeitura de Vilhena.
Valdete disse que, no início de fevereiro, o Sindsul protocolou documento junto ao titular da Semad querendo saber o número de comissionados e os gastos que representa, mas não obteve resposta.
Uma cópia da Tabela de Cargos da prefeitura, que faz parte do arquivo da Casa de Leis, foi a alternativa para esclarecer os questionamentos da categoria. “O secretário Lima não responde aos ofícios. Decidi divulgar o relatório para esclarecer as dúvidas dos servidores. Fui eu que levei até os servidores o documento. Aliás, qualquer cidadão pode requerer o relatório na Câmara. As informações são baseadas na Lei Maior do Município. Agora, o secretário, no relatório que apresentou, omitiu informações. Será que ele ‘esqueceu’ dos salários de todos os secretários, que são 15?, dos adjuntos, que também são 15? Ou todos eles trabalham de graça? Se o prefeito diminuísse em 20% o valor desses cargos em comissão, daria para pagar em dia todos os servidores”, questionou.
Valdete também rebateu afirmações do titular da Semed com relação ao pagamento dos servidores públicos municipais. “No dia da sessão ordinária, o prefeito disse que, nesse mesmo dia, pagaria os demais servidores que estavam atrasados, como os médicos. Pois bem. Até ontem eles não haviam recebido nada. Agora, o prefeito e o secretário têm que respeitar a Lei, que garante o pagamento dos servidores até o 5 dia útil do mês subsequente. Em Vilhena não está acontecendo isto”, avaliou.
A vereadora garantiu que ameaças não vão evitar que ela continue fazendo o seu papel como parlamentar, que é representar a sociedade como um todo. “Sou Educadora e servidora de carreira e, portanto, vou lutar pela categoria”, concluiu.
Texto e foto: Assessoria