A “Operação Sala Azul” comandada pela Polícia Federal já chegou ao número de onze prisões preventivas decretadas e mais mandados a cumprir a empresários e pessoas que agiam no esquema de fraude as leis trabalhistas em Vilhena e Colorado.
Em entrevista coletiva, o delegado Jonatham Kloch contou como foi a operação que já cumpriu 32 mandados, dentre eles 11 de prisões preventivas e 21 de buscas e apreensões em empresas e residências. Além disso a operação fechou o cerco contra o sequestros de veículos, com cinco mandados cumpridos.
Segundo o delegado, nas investigações ficou claro que a organização criminosa agia inicialmente em Colorado e se estendeu para Vilhena com a fraude no seguro desemprego. O trabalho da quadrilha, que inclui empresários, contadores e laranjas, consistia em colher Carteiras de Trabalhos e criar falsos vínculos empregatícios com empresas fantasmas.
“Ao final de dois anos de registro com a empresa o funcionário era demitido e o empregador colhia três guias do FGTS para garantir o seguro e sacar o dinheiro”, explicou o delegado.
Empregador e empregado recebiam no esquema. Em nota a Polícia Federal explica que as funções iam desde o aliciador de rua, passando pelo trabalho especializado de escritório de contabilidade até chegar aos chefes da quadrilha.
Pelo menos sete empresas fantasmas foram criadas para o levantamento de dinheiro das fraudes junto aos beneficiários irregulares. A ambição pelo dinheiro levou a quadrilha a cometer um erro grave e ser descoberta. Uma das empresas fantasmas fundada no papel em 2015 tinha funcionário contratado desde 2013.
“Mais pessoas podem ser presas”, garantiu o delegado.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia