O faqueiro Elton Gonçalves Teixeira (atividade que consiste em retirar couro de boi) do grupo JBS, unidade de Vilhena, procurou a redação do Extra de Rondônia, nessa semana, para manifestar sua indignação relativa ao trato por parte da diretoria da unidade com os funcionários.
O servidor conta que foi suspenso duas vezes por problemas relacionados a hora-extra. Ele explicou que recebeu a primeira punição porque não havia estendido sua jornada de trabalho. Na segunda vez, ainda nessa semana, foi punido novamente, porém desta vez por ter trabalhado além do horário determinado.
“Temos o direito de trabalhar uma hora e doze minutos além das oito horas de serviço. Fiz um minuto a mais e fui suspenso”, conta. Elton relatou que a unidade está abatendo muitos animais, cerca de 1,2 mil cabeças diariamente. “Não dá tempo que finalizar o serviço e correr pra bater ponto. É muito boi e temos que nos ‘virar nos 30’”, diz.
O faqueiro relata que os servidores da JBS estão fazendo horas-extras todos os dias, fato que a diretoria do sindicato SINTRAINTRA (que representa os funcionários) alegou ser ilegal. “Estamos nas mãos deles sem saber o que fazer muito menos qual atitude tomar em relação ao assunto”, reclama o funcionário.
GREVE
Elton Teixeira relatou que os servidores do frigorífico estavam querendo entrar em greve por conta de problemas relacionados ao reajuste salarial. “O reajuste foi feito. Havíamos marcado a greve para uma segunda e na sexta-feira anterior a diretoria da unidade fez um acordo com o sindicato”, explica o faqueiro.
As discussões relativas à paralisação estavam sendo feitas através do grupo de WhatsApp criado pelo sindicato. “Vou entrar com uma ação na justiça contra o frigorífico, pois essas suspensões mais parecem perseguição. Trabalho há seis anos na unidade e nunca fui sequer advertido. Em um mês já fui suspenso quatro vezes”, reclama o profissional.
O site de notícias Extra de Rondônia deixa espaço aberto ao frigorífico JBS caso queira comentar sobre o assunto.
Autor e foto: Extra de Rondônia