A presidente da Câmara de Colorado do Oeste, Mariley Novaki Lima (PT), encontra-se numa situação delicada.
Ela terá que tentar explicar à sociedade a ação do Ministério Público (MP) e da Polícia Militar que recolheu documentos que apresentam uma série de irregularidades numa obra realizada no Poder Legislativo.
Conforme o MP, a investigação apura atos de improbidade administrativa consistente em direcionamento, fraude e irregularidades em processo licitatório para contratação de empresa para prestação de serviços de instalação e manutenção na rede elétrica na Casa de Leis.
Em apenas três dias (29 a 31 de dezembro de 2015) a obra foi licitada, iniciada e concluída. Nesse mesmo período, foi realizado o pagamento à empresa, atestado por uma comissão constituída por vereadores. Para o MP, a documentação apresenta irregularidades.
O processo que deu origem à obra, que deveria estar no Departamento de Contabilidade, foi encontrado pela polícia no gabinete de Mariley Novaki Lima.
Neste sábado, a reportagem do Extra de Rondônia apurou que o caso teve grande repercussão no município de Colorado, arranhando a imagem do Legislativo. E a probabilidade é que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seja estudada entre os parlamentares.
“Neste momento de crise nacional, o anseio da população é que tudo seja passado a limpo. E os coloradenses entendem esta situação como vital para termos um país melhor, sem corrupção. É neste sentido que pode ser criada uma CPI para investigar o caso, de forma paralela, ao que está sendo feito pelo MP. O Legislativo é obrigado a analisar a questão de forma politica”, disse um vereador, que preferiu se manter no anonimato para evitar represálias.
O caso deve ser debatido na sessão legislativa que ocorrerá na próxima segunda-feira, 4, às 19h30, na Câmara de Vereadores de Colorado do Oeste. O Extra de Rondônia, mais uma vez, deixa espaço à disposição da vereadora para eventuais esclarecimentos.
PRESIDENTE DA CÂMARA CASSADO
Caso semelhante resultou na cassação do presidente da Câmara no município de Candeias do Jamari, em fevereiro deste ano.
O vereador afastado Neilton Bento (Pros) foi cassado, por 6 votos a 2, após CPI que comprovou várias fraudes de corrupção, desde manipulação de contratos e desvio de verbas, quanto à falsificação de assinaturas na Casa de Leis.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Divulgação