Policiais Civis que estão participando do processo investigatório referente à operação “Água Limpa”, que apura denúncias de possíveis casos de corrupção instaurados no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), do município de Vilhena, confirmaram nessa semana que os trabalhos estão no final e há alguns detalhes que podem complicar ainda mais a empresa MWX que apontada na investigação como uma empresa “fantasma” e que prestava serviços de informática à autarquia.
Ao Extra de Rondônia, investigadores explicaram que a empresa havia garantido um convênio junto à Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA) no valor de R$ 410 mil referentes a serviços de informática à pasta.
O convênio foi cancelado em julho do ano passado sob a alegação de que o município não tinha dinheiro, mesmo o empenho já garantido. A polícia relatou que a empresa deveria fornecer à SEMUSA materiais de informática.
Segundo as investigações, a empresa não tinha esses materiais para entregar ao município, além de não possuir, segundo denúncia, sede e funcionários.
A polícia acredita que o cancelamento do contrato tenha acontecido por conta da deflagração da operação “Stigma”, da Polícia Federal (PF) a qual resultou em uma série de prisões de homens diretamente ligados ao prefeito Zé Rover (PP).
Ainda, de acordo com efetivos da Polícia Civil, o então chefe do SAAE, Josafá Lopes Bezerra, emitiu em favor da empresa um atestado de capacidade técnica para que a MWX participasse do processo licitatório da SEMUSA.
A investigação da Polícia Civil confirmou que a empresa prestou ao SAAE diversos serviços, mas, segundo a investigação, descumpriu alguns itens que deveria executar.
Os policiais que trabalham no caso informaram, também, que um dos sócios da empresa trabalhava no gabinete do prefeito Rover e foi secretário adjunto da Secretaria de Coordenação Geral por dois meses. Efetivos da Polícia Civil revelaram, ainda, que há outros detalhes em apuração e que serão inseridos na denúncia.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia