A Organização Mundial de Saúde (OMS) premiou o controle da doença nas Américas.
Rondônia faz parte desse reconhecimento a esforços inovadores que visam à superação de desafios.
O número casos da doença no Brasil diminuiu de 613.241 para 143.145, as hospitalizações em 84, e as mortes em 61% desde o ano 2000, promovendo forte coordenação técnica e colaboração em todos os níveis de governo.
Em Rondônia houve redução de 58% no número de casos de malária. A diminuição do número de casos de malária recidiva/recrudescência ficou em 36,2%, revela o perfil epidemiológico do período entre 2008 e 2012, estudado pelo médico infectologista Sérgio Basano, diretor-adjunto do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), e outros sete médicos pesquisadores. “Em números absolutos houve redução, sobretudo na última década, porém, o controle de parasitoses segue desafiando”, comentou hoje (25) Sérgio Basano.
MELHOROU
Eles detectaram um total de 238,626 casos de malária. Desse total, 65,6% eram homens e a faixa etária mais prevalente foi a 20-39 anos.
Só o Cemetron atendeu 12.973 casos de malária em 2005. Dez anos depois, em 105, apenas 407. O que, segundo Basano, significa “melhor descentralização no diagnóstico e tratamento”.
A diretora do Cemetron, médica Stella Zimerlli, lembra que, em 1984, chegou a diagnosticar 150 casos durante um plantão de 12 horas no Antigo Hospital Tropical.
A melhoria das condições socioeconômicas de Rondônia e no País pode ter contribuído para a diminuição de casos. “Aumentou o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], o emprego formal, a redução do desmatamento alcançou 70%, e a população de baixa renda beneficiou-se de programas sociais. Isso pode ter modificado o modus vivendi das pessoas”, analisou Basano.
Texto: Assessoria
Foto: Ilustrativa