O vereador Wagner Sacramento “Tutu” (PT) está indo na contramão dos principais itens que regem a administração pública.
Em seus discursos na Câmara de Colorado do Oeste, “Tutu”, pelo menos, infringe dois princípios fundamentais: a Legalidade e a Moralidade.
Na sessão ordinária da última segunda-feira, 9, em seu discurso, o vereador definiu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) numa simples palavra: Picuinha.
Para ele, o caso não ajuda o Legislativo, porque a população quer saber é do trabalho dos vereadores.
“Tutu” explicou que a CPI é desnecessária porque cada vereador recebeu uma planilha da obra e se há alguma coisa errada, a empresa tem cinco anos para corrigir eventuais distorções. “O que realmente vocês querem investigar? Eu tenho trabalho para mostrar?”, disse.
As palavras de “Tutu” são consideradas defensivas à vereadora Mariley Novaki Lima (PT), presidente do Legislativo. Ele é o único vereador que não assinou a CPI contra Mariley.
O CASO
O pedido de instauração de CPI contra a presidente do poder legislativo local vem se arrastando na câmara de vereadores há seis semanas.
De lá pra cá, uma série de manobras acabou emperrando o requerimento que tem como meta investigar a conduta de Mariley Novaki Lima em relação a um processo licitatório que vem sendo investigado pelo Ministério Público (MP) por suposta fraude em licitação.
Segundo o órgão, a vereadora petista abriu um processo licitatório para reforma do sistema elétrico do prédio da câmara de vereadores. O processo, de acordo com o MP, contém fortes e graves indícios de fraude e outras irregularidades, começando pelo fato de que os trâmites burocráticos da licitação iniciaram no mesmo momento em que a obra, sem ter uma empresa vencedora do certame.
Três dias depois, a empresa que prestou o serviço foi a vencedora do processo e recebeu quase R$ 50 mil pelo serviço, realizado nos últimos dias do ano de 2015.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia