O “tocador de obras”, como ele mesmo se define, Jair Dornelas, é o prefeiturável apontado pelo PR como possível candidato do partido.
Empolgado com a possibilidade, o empresário, em entrevista ao Extra de Rondônia, conta que sempre gostou de política, e decidiu galgar a vaga de candidato ao observar a condição política em que o município de Vilhena se encontra.
Ele relata que é movido a desafios, tanto que chegou em Vilhena aos 14 anos de idade e trabalhou em diversos setores até chegar à terraplanagem e construção civil.
A principal crítica do empresário em relação ao município é a atual condição financeira. Segundo ele, Vilhena está falida e precisa de medidas urgentes, e pouco política, para mudar sua condição.
O empresário defende a ideia da criação do Conselho Administrativo Público (CAP), o qual deve ser composto por membros da sociedade civil organizada. A proposta é fazer com que a sociedade administre junto com o prefeito.
Com a instalação deste projeto, segundo os cálculos de Jair, a administração pública economizaria muito, pelo menos R$ 2 milhões ao ano.
Dornelas acredita que o município deva ter apenas duas secretarias: educação e saúde. O restante deve ser eliminado. Os setores, segundo seu posicionamento, devem ser geridos pelo CAP. “Dessa forma, o município gastaria bem menos com secretários, adjuntos e comissionados, e sobraria dinheiro para investir no desenvolvimento da cidade”, explica.
Do ponto de vista político-administrativo do pré-candidato, dissolvendo a maioria absoluta das secretarias é a forma eficaz para se reduzir a corrupção no poder executivo.
SAÚDE
Jair Dornelas acredita, ainda, que os investimentos na área de saúde precisam ser feitos com participação dos profissionais inseridos no setor. Ele reconhece que entende pouco a respeito do assunto, mas diz que vem estudando e conversando com servidores da saúde para conhecer de perto a real condição do setor.
O pré-candidato diz que do ponto de vista econômico, o município tem que devolver a administração do Hospital Regional ao Governo do Estado, mas manter um sistema de consórcio, em que o poder executivo estadual faça o gerenciamento das ações desenvolvidas na unidade. “Os investimentos na área são poucos, ineficientes para a situação em que o hospital se encontra”, acredita.
Com a transferência de responsabilidade administrativa do Regional, Jair diz que o município pode se dedicar com mais ênfase aos postos de saúde, estruturando as unidades para proporcionar melhor atendimento à comunidade. “Atualmente, gasta-se mais do que se ganha, ou o município paga a folha, ou paga fornecedor”, critica.
DESEMPREGO
De acordo com o entendimento de Jair Dornelas, a melhor forma de gerar emprego e renda em Vilhena é a criação de um polo universitário bem estruturado no município. Ele reforça a ideia dizendo que a educação superior injeta recurso de fora na economia local, e faz com que o mercado fique mais acalorado. “Indústrias são importantes, mas tem que valorizar primeiro as locais”, defende.
POLÍTICA
O empresário e pré-candidato a prefeito pelo PR defende a ideia de uma coligação “magrinha” com, no máximo, quatro partidos aliados, segundo ele, para não engessar a possível administração. Questionado acerca do motivo pelo qual desistiria do seu projeto político, Jair diz que não participará do pleito apenas se o partido não aprovar seu nome.
PAVIMENTAÇÃO
Experiente no ramo em que atua, Dornelas faz uma observação interessante sobre a pavimentação asfáltica do município. De acordo com dados fornecidos pelo pré-candidato, a cidade de Vilhena possui atualmente 246 quilômetros de ruas asfaltadas, e 36 quilômetros estão atualmente sendo pavimentados, e há 68 quilômetros de ruas ainda pertencentes às empresas responsáveis pelos loteamentos.
De acordo com cálculos feitos pelo pré-candidato, se a prefeitura de Vilhena enxugar as contas e desenvolver um novo formato de gestão, é possível fazer ao longo do próximo mandato pelo menos 150 quilômetros de pavimentação.
A ideia é cobrir ruas de chão pouco movimentadas com bloquetes e as de maior trafegabilidade com asfalto. “O bloquete é fácil de fazer e pode ser produzido com diversas parcerias. Além do mais, auxilia na drenagem da água”, comenta.
Dornelas faz um balanço sobre as condições atuais do parque de máquinas do município, e diz que a prefeitura é capaz de desempenhar esse trabalho sem a contratação de empreiteiras. “É necessário organizar o maquinário da SEMOSP. Depois que ele estiver funcionando, o município tem condições de desenvolver esse trabalho”, arremata.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia
