O empresário e professor Aparecido Caputi é pré-candidato a prefeito pelo PSB.
Em visita à redação do Extra de Rondônia, ele contou que recebeu o convite do partido através do vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, a principal liderança da legenda no estado de Rondônia.
Caputi, como é conhecido, sempre participou de pleitos eleitorais e começou em 1982, quando lançou-se candidato a vereador. Dez anos depois, alçou a vaga de vice-prefeito na chapa de Ivone Abrão, que acabou derrotada por Ademar Suckel.
Em 1994, pelo PSDB, foi candidato a deputado estadual, ficando como segundo suplente da cadeira, Caputi relembra sua trajetória política e diz que em sua última campanha foi o candidato mais votado do município de Vilhena. “Era um universo de 24 mil eleitores. Dois 16 mil que foram às urnas, 22.8% votaram em mim”, conta.
Aparecido Caputi disse que depois de sua última tentativa, decidiu afastar-se da política por conta da família Donadon. Sem explicar exatamente o motivo, demonstra descontentamento com o clã. 22 anos se passaram, e o pré-candidato diz que este é um bom momento para retornar à vida pública.
Caputi diz que o município precisa ser repaginado em todos os aspectos e ter sustentação adequada para isso. O empresário acredita na ideia de criação de um conselho de entidade de classes para auxiliar o próximo prefeito na tomada de decisões estratégicas a fim de tirar o município da inércia.
O pré-candidato defende a gestão participativa e acredita que os profissionais efetivos do município devem opinar na administração dos setores em que atuam.
SAÚDE
De acordo com o empresário interessado em disputar o cargo de prefeito de Vilhena, a melhor saída para o desenvolvimento da saúde pública é trabalhar com a parceria do Ministério Público (MP).
Segundo seu ponto de vista, o órgão componente do Poder Judiciário tem que fazer parte do conselho de entidades e atuar diretamente no gerenciamento da saúde pública municipal. Fechando sua linha de pensamento, o apoio de médicos, enfermeiros e demais servidores da pasta é importante no desenvolvimento do projeto, devido ao conhecimento que têm relacionado à saúde pública.
EDUCAÇÃO
Professor de formação, Caputi chegou em Vilhena para lecionar. O empresário atuou ao lado de grandes nomes da educação rondoniense, quando era membro da escola Álvares de Azevedo, como o ex-governador de Rondônia, Ângelo Angelin (à época secretário de educação), dona Úrsula Dal Toé (então diretora da escola) Washington Jarenko, e Pascoal Aguiar.
O educador acredita que a educação municipal precisa ser dinamizada. Ele acredita que fomentando a formação continuada dos professores, a educação terá um salto de qualidade.
EMPREGO
Em se tratando de geração de emprego e renda, o pré-candidato vê com bons olhos a criação de cursos profissionalizantes voltados ao comércio. Um deles, segundo sua análise, seria o de motoristas de máquinas pesadas e caminhões.
Caputi diz que a categoria transporta boa parte do PIB brasileiro e precisa de atenção. O pré-candidato conta que um curso deste nível atrairia jovens de outras regiões para o município, além de substituir os veteranos por profissionais mais capacitados.
O empresário acredita que uma parceria entre município e governo do estado pode resultar na criação e atração de indústrias para Vilhena, bem como a redução dos impostos. Caputi pensa que um polo industrial é necessário para Vilhena, porém com empresas interligadas, para que haja um ciclo coerente de produção.
POLÍTICA
Para Aparecido Caputi, o prefeito tem que governar em parceira com a câmara de vereadores. Entretanto, a relação entre executivo e legislativo deve ser profissional. “Os poderes têm que trabalhar em consonância, reunindo-se semanalmente pra identificar melhorar os gastos públicos. Entendo que dessa fora, haverá sobra de receita para melhores investimentos”, opina.
O empresário acredita que o próximo prefeito de Vilhena deve ser uma pessoa sem vícios políticos, atuando de forma transparente e renovada.
O PSB, partido do qual faz parte, tem pelo menos três pré-candidato: além de Caputi, há o empresário Olino Zoche e o Padre Flávio. Questionado o que lhe faria desistir do pleito, o prefeiturável arremata: “Só se não passar nas convenções”.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia