O radialista Júlio César Silva, o popular Julinho, visitou a redação do Extra de Rondônia para denunciar um fato que – segundo ele – está prejudicando o desenvolvimento do município de Vilhena.
Julinho, acompanhado da equipe de reportagem do Extra de Rondônia, percorreram a cidade para conferir in loco o andamento de obras de pavimentação asfáltica e drenagem.
São várias frentes de trabalho dividas em seis lotes. Deles, quatro estão em andamento.
Ao todo, as obras vão consumir R$ 35 milhões, recurso garantido pela prefeitura através de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), assinado pelo prefeito Zé Rover e o superintendente do banco, Márcio Mourão, em 02 de junho de 2014, em Porto Velho.
Das obras paradas, a principal reclamação da população é referente ao “Lote 1”, localizado no parque Cidade Jardim I, que faz divisa com a rua 743, que dá acesso à Faculdade da Amazônia. Conforme as reclamações, as obras paralisaram há nove meses.
Segundo Julinho, as obras pararam devido a um erro técnico no projeto feito por técnico da prefeitura municipal, a qual foi “avalizada” por técnicos da CEF, já que o recurso só é autorizado após a análise dos profissionais da agência bancária.
Ocorre que, após o início das obras, a empresa Projetu´s Engenharia, responsável pelos trabalhos, teve que paralisar as atividades por solicitação da CEF devido às fortes chuvas que caíram no município o que resultou no rompimento do canal que direcionava a água até o Rio Pires de Sá.
Reconhecido o erro técnico, a CEF determinou a paralisação da obra e a readequação do projeto original. Nisso já se passaram nove meses, o que está revoltando à população daquela comunidade.
De acordo com Julinho, “os técnicos – da CEF e prefeitura – não calcularam o grande volume de água que iria passar pelo canal, o que provocou prejuízos. Entretanto, as mudanças no projeto e a morosidade da CEF, em liberar os recursos para dar sequência à obra, estão fazendo a população sofrer”.
O site foi até a empresa Projetu´s e conversou com Valdecir, encarregado das obras. Ele reafirmou a denúncia do radialista e informou que, mesmo com a morosidade da CEF, a Projetu´s já colocou tubos para uma extensão de 3.600 metros, para que sejam colocados no local de readequação. “É importante ressaltar que a Projetu´s Engenharia apenas executa a obra e não tem nada a ver com questões técnicas”, ressaltou Valdecir.
A reportagem foi até a prefeitura e conversou com a engenheira civil Maira Vanier. Ela afirmou que a obra parou em decorrência da “chuva acima do normal”, resultando em mudanças no projeto inicial.
Garantiu que técnicos da prefeitura estão em Porto Velho a fim de que os recursos da CEF sejam liberados o quanto antes para a obra ser reiniciada. “As obras serão retomadas em breve e ninguém terá prejuízos, muito menos a empresa, já que existe no contrato uma clausula de ‘Direito de Reajuste’ por eventuais contratempos. Os técnicos da prefeitura devem chegar nesta quinta-feira em Vilhena com informações positivas” concluiu Vanier.
O site deixa espaço à CEF e técnicos da prefeitura para eventuais esclarecimentos a respeito do assunto.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia