Zé Rover diz que governador  “vem se esquivando de conversar”

Zé Rover diz que governador “vem se esquivando de conversar”

Em visita ao Extra de Rondônia, o prefeito de Vilhena, Zé Rover (PP),  mais uma vez reclamou da falta de compromisso do governador Confúcio Moura com o sistema de saúde local.

Ao comentar a atual situação do Hospital Regional e questionado sobre a intenção de repassar a unidade para gerenciamento do Estado, Rover disse que o Chefe do Executivo rondoniense não o está recebendo, e persiste em dar calote no repasse dos recursos de convênio para manutenção da UTI.

O prefeito também falou que dentro de uns três meses, quando a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) entrar em funcionamento, ele não descarta a possibilidade de retirar os servidores municipais do Regional para atender na unidade nova, “fechar as portas do hospital e deixar para o governo tocar”.

Para sustentar a argumentação, Rover lembrou que a responsabilidade do município no setor de saúde é medicina preventiva e de baixa complexidade, cabendo ao Estado assumir o sistema em níveis acima disso.

Zé Rover mostrou-se indignado e surpreso com a atitude do governador, que “vem se esquivando de conversar” com ele.

O prefeito também garantiu que há cinco parcelas do convênio de manutenção da UTI em atraso este ano. “Ou seja, nos primeiros seis meses deste ano só recebi o valor correspondente a um, e que ainda foi repassado na ocasião da vinda da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa até aqui. Parece até que o repasse foi feito apenas para fazer cena”, comentou.

Ele também disse não compreender a conduta de Confúcio, que é médico, no que diz respeito ao apoio aos municípios justamente numa área na qual é profissional formado. “É surpreendente a forma de ação. Para você ter uma ideia, o apoio que o governo oferece para Ji-Paraná, que tem 140 mil habitantes, é o custeio de 24 cirurgias de média complexidade ao mês, ou seja, menos de uma por dia”, exemplificou.

O prefeito disse que não irá mais procurar o governo para tratar do assunto. “Farei o que puder para ir mantendo o sistema, que tem déficit mensal de mais de 700 mil, relacionando o que custa manter o Regional e o que tenho disponível para tanto, e na hora que não puder mais eu simplesmente passarei a manter os postos de saúde e as novas unidades e deixarei o hospital sob a responsabilidade do Estado”, encerrou.

 

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

 

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