A Comarca de Cerejeiras foi a última a receber a exposição “Primeiro Plano”.
Com plenário lotado servidores e convidados assistiram à exibição do filme “Quem matou Eloá”.
Como em todos os anos o Poder Judiciário busca comemorar o mês das mulheres de forma que as retrate na luta diária, conquistando espaços e batalhando seus direitos.
As fotos circularam as comarcas de Vilhena, Santa Luzia do Oeste, Cacoal, Presidente Médici, Costa Marques, Buritis e Guajará-Mirim e nesta segunda-feira, 27, finalizou em Cerejeiras.
Em todas elas foram exibidos o documentário “Quem matou Eloá”, de Lívia Perez, uma contundente reflexão sobre a violência contra a mulher a partir do caso da adolescente Eloá, sequestrada e morta pelo namorado Lindenberg, crime que foi amplamente divulgado pela mídia.
Após o filme houve debates com a participação de uma vítima de violência doméstica “Sofro violência doméstica e estou sendo ameaçada pelo meu marido, ele cortou meu cabelo, acho que aqui tem juiz, advogado e psicólogos, então peço que protejam essas mulheres. Ele me levava para o salão para me arrumar e dizia que ia mudar, fazia isso para que eu não contasse para as pessoas e eu acreditava, agora estou tentando separar e busco apoio da psicóloga”, disse em seu depoimento.
A mostra, formada por dez quadros, retrata doze mulheres protagonistas que, com seus exemplos, contribuem para conscientização sobre o papel da mulher na sociedade moderna.
São mulheres notáveis e, ao mesmo tempo, comuns, que espelham a luta diária por oportunidades iguais, pelo tratamento digno e pelo fim de qualquer tipo de violência. Por meio de suas atitudes e trajetórias se colocam em primeiro plano, justamente para lembrar que devem ser respeitadas, nos seus diferentes papéis.
Todos os anos o Tribunal de Justiça seleciona um número de comarcas por onde passará a exposição. Novas comarcas sempre são indicadas para que todas sejam contempladas com o projeto. Para a psicóloga Marília Fabiano de Sousa, a iniciativa “é libertadora, orientadora e esclarecedora para as mulheres que sofrem esse tipo de violência, porque a partir de debates e depoimentos que pessoas passam a se conscientizar, repensar, e daí nascem as novas atitudes”.
Já para a assistente social Vanessa Simões de Freitas “seria importante que mais profissionais da área socioassistencial, rede municipal e estadual de educação e, principalmente, representantes de órgãos de segurança pública, vissem o filme e a exposição, para provocar a mudança na forma de encarar o fenômeno e dos paradigmas de atendimento, alcançando a transformação da sociedade”.
Texto e foto: Assessoria TJ