O diretor do presídio de segurança máxima do Cone Sul, Valdir, em entrevista ao Extra de Rondônia, negou que a carta ameaçadora divulgada neste domingo, 17, por este site, seja supostamente de autoria da facção criminosa “Comando Vermelho ” (CV).
Ele disse que sabia da carta logo cedo, mas a mesma foi feita por um apenado que usou o nome do CV por querer sua saída da instituição.
Conforme a nota enviada ao site, o detento, que não divulgou sua identidade, afirmou que “sofrem repressão no Centro de Ressocialização Cone Sul”, exigindo a saída do diretor e ameaçando com possíveis ataques a vilhenenses, caso suas reivindicações não sejam atendidas, ao ponto de dizer que “pessoas inocentes irão morrer”.
Valdir explicou que a carta é resultado do seu trabalho no combate ao crime. “Quando você faz um trabalho contra a criminalidade, essa é a resposta, vão achar ruim. Estão querendo pedir minha cabeça porque estou incomodando. Com relação à carta, ela saiu realmente de dentro, mas eu conversei com uma pessoa que se intitula chefe maior do CV e ele negou que a carta seja desse grupo. Inclusive, ele disse que vai fazer outro comunicado negando as informações”, frisou.
O diretor ressaltou que “organizou” a casa quando assumiu o presídio, aprendendo celulares, drogas. “A partir do momento que começam a perder essas supostas regalias começam as ameaças”, ponderou.
MORTE DE DETENTO
Com relação à morte do detento Cleyton Henrique Carvalho, na última quinta-feira, 14, o diretor do presídio ratificou que a morte deve-se a problemas renais. “Nós temos provas que ele foi ao hospital com problemas renais; temos provas que tomou a medicação e deu uma reação alérgica nele. O que foi mostrado por familiares não é o laudo do IML, e sim apenas uma prancha entregando o corpo ao IML”, analisou.
Valdir disse ainda que, após encerrar o caso, tomará medidas judiciais. “Esse rapaz nunca tomou nenhum tapa neste presídio. Eles vão ter que provar isto e com certeza o laudo vai sair negativo. Ele não tinha lesão nenhuma até o momento que a gente o deixou no hospital”, encerrou.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Ilustrativa