O caso do suposto pagamento antecipado dos serviços de eletricidade na Câmara de Vereadores, o que resultado no afastamento da presidente do Legislativo, Mariley Novaki (PT), ainda continua em investigação em Colorado do Oeste.
As autoridades querem saber se o então vice-presidente da Câmara, Martinho de Souza Rodrigues (PCdoB), o popular Baiano Leiteiro, assinou o cheque repassado à Empresa Construtora J.J. Ltda-ME, no dia 31 de dezembro de 2015, data em que a obra, supostamente, teria sido concluída.
Em depoimento ao Ministério Público (MP), Baiano Leiteiro afirmou que no dia 31 de dezembro “nem estava na Câmara”, mas sua assinatura consta na nota de pagamento.
Procedimento apuratório foi instaurado na Delegacia de Polícia para saber a legitimidade da assinatura do parlamentar ou se ela foi falsificada.
Baiano garante que a obra começou em janeiro de 2016, e não entre os dias 29 a 31 de dezembro de 2015, conforme consta na ordem de serviço e pagamento.
O vereador disse que não assinou o termo de recebimento pelo fato de não ter sido chamado para acompanhar a licitação, tendo conhecimento apenas no dia 05 de janeiro. Entretanto, Baiano Leiteiro confessou que assinou três cheques em branco acreditando serem para pagamento de água, luz e telefone, “mas as cártulas forma utilizadas de outra forma”.
Destacou, ainda, que a obra só foi entregue em fevereiro de 2016, “fato que não teve sua concordância”.
A OBRA
O MP, através do promotor de justiça, Marcos Giovane Ártico, ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Mariley Novaki e o contador Evandro Marães.
Na ação, o promotor explicou que “não há explicação para uma obra desta dimensão ser executada em apenas 01 ou 02 dias, até porque muito se espanta a agilidade do trabalho, uma vez que o próprio contrato, através da clausula 5ª, prevê um prazo de execução de 30 dias”.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia