Com objetivo desarticular uma organização criminosa composta por empresários, contadores e administradores que atuava em toda região norte do país, foi deflagrada na manhã desta quinta feira, 4, pela Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), a Operação denominada “Kamikaze 2”.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e pelo menos 3 de conduções coercitivas em Porto Velho e Guajará Mirim, todos expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso.
De acordo com informações preliminares, as investigações apontaram suspeitos de fraudarem licitações públicas federais em pregão eletrônico no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Acre e Rondônia.
Conforme a CGU, uma empresa prestadora de serviço sediada em Porto Velho, participava de pregões eletrônicos através do Sistema COMPRASNET.
Essa empresa, cujo escritório está instalado numa galeria na Avenida Abunã, com Brasília, região central de Porto Velho, se utilizava de documentos falsos, tais como atestados de capacidade técnica, contratos de prestação de serviços e documentos contábeis, todos produzidos de forma fraudulenta a fim de atender às exigências específicas constantes dos editais de licitação.
Ainda de acordo com CGU, nos 2014, 2015 e 2016, tal empresa participou de 78 pregões eletrônicos e, mesmo de forma forjada, foi habilitada em 15 licitações. Desses certames licitatórios, essa empresa venceu 05, e abocanhou R$ 1,5 milhão.
Três pessoas foram detidas e estão depondo ao delegado da polícia federal em Porto Velho.
MARKETING DA POLÍCIA: *O nome da operação remete ao fato de empresas serem criadas para acabarem extintas em seguida. O fato lembra o episódio dos pilotos japoneses que jogavam os aviões contra navios norte-americanos provocando a própria morte, durante a Segunda Guerra Mundial.
Fonte: RondoNotícias
