Nos primeiros nove meses deste ano – janeiro a setembro – foram movimentados na economia de Rondônia US$ 14,125 milhões, o que equivale a R$ 44 milhões, com a comercialização de pouco mais de 27 mil metros cúbicos de teca, madeira preferida de diversos produtores das regiões Central e Sul de Rondônia, que estão se dedicando à floresta plantada.
É uma nova frente econômica do estado, que se tornou política agrícola instituída por lei sancionada pelo governador Confúcio Moura em maio deste ano.
“Esse valor poderia ser bem maior, não fosse a forte estiagem do rio Madeira. Isso fez com que fosse reduzido o número de barcaças e, consequentemente, a quantidade de toneladas destinadas à exportação”, disse o coordenador estadual do projeto Floresta Plantada, engenheiro florestal Edgar Menezes Cardoso, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
Os números apresentados por ele foram coletados com as três empresas que estão comprando a teca plantada, uma delas de Rondônia e duas da Índia, e comercializando especialmente na Ásia – Vietnã, Índia, China e Singapura.
A teca, o eucalipto e pinus cuiabano são as espécies que estão mudando o ganho de produtores de diversos municípios, com destaque para Pimenta Bueno, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste e Vilhena.
Edgard Menezes informou que a novidade agora é a instalação de duas indústrias de beneficiamento para teca e eucalipto, ainda neste ano, em Ouro Preto do Oeste, oriundas de florestas plantadas. “O fato de ter a indústria madeireira começa a verticalizar a produção. Não somente ganha o empresário, mas também os produtores rurais e o próprio Estado de Rondônia”, disse, completando que hoje apenas uma indústria de Rolim de Moura se dedica ao beneficiamento de madeira plantada.
De acordo com o coordenador do Floresta Plantada, a atividade oferece atrativos geradores de renda, como o beneficiamento, a goma-resina e sequestro de carbono. Além de propiciar renda, a proposta diminui a pressão sobre as matas nativas, desburocratiza a extração e comercialização da madeira e contribui para a recuperação de áreas degradadas.
“Rondônia tem aproximadamente 1,400 milhão de hectares de áreas em estado avançado de degradação, oriundas de pastos e que podem ser alvo dessa política. São áreas que estão à margem do processo produtivo, não estão em uso nem para a pecuária nem para a agricultura, então podem ser utilizadas em políticas como o Floresta Plantada”, ressaltou Edgard.
Texto e foto: Assessoria