A força tarefa da Operação Lava Jato que está à caça da alta cúpula do PMDB deve investigar com ‘lupa’ o irmão do senador Valdir Raupp de Matos, um servidor público da pequena Rolim de Moura, distante cerca de 600 km da capital de Rondônia.
O ‘mano’ do senador foi candidato a deputado estadual em 2014, não foi eleito, mas chama a atenção que sua candidatura foi entre os postulantes da legenda peemedebista no estado a que mais recebeu ‘doações’.
Cerca de R$ 900 mil, boa parte de grandes empresas nacionais, todas citadas como distribuidoras de ‘mimos’ na “Lava jato”. Um grande feito de um ilustre desconhecido.
Atoladas em denuncias de distribuição de propinas pelos principais delatores em todas as fases da operação Lava Jato, a Queiroz Galvão e Norberto Odebrecht, além da JBS (Friboi), fizeram doações faraônicas para companha do irmão do senador pemedebista Valdir Raupp, Ademar Raupp (PMDB), que apesar de ser um completo desconhecido no mundo político rondoniense, mesmo em sua região na zona da mata, onde é muito lembrado como “o irmão do senador”.
Ademar foi contemplado com quantias vultuosas que alcançaram a cifra de R$ 385.000,00 (Trezentos e Oitenta e Cinco Mil Reais) somente das investigadas. Muito dinheiro à um candidato de resultado eleitoral pra lá de medíocre, sem nenhum argumento plausível para receber doações das gigantes. Até entre os deputados eleitos do PMDB em 2014, não houve nenhum com este valor de quase novecentos mil reais arrecadado.
O fato de ser irmão do senador, explique o motivo de Ademar ser o candidato da legenda em Rondônia que mais recebeu recursos partidários. O ‘mano’ pode ter sido usado como ‘cavalo’ por Raupp, para arcar com despesas de sua campanha ao senado em doações de ‘forma legal’ das investigadas.
O fio da meada da Lava Jato em Rondônia já tem por onde começar o rastreamento de propinas ao senador do PMDB. Leia mais aqui.
Texto e foto: Rondoniaovivo