A Polícia Civil de Vilhena em parceria com o Ministério Público e Polícia Militar Ambiental, realizaram hoje a primeira etapa da operação Floresta Nativa.

A investigação apontou que funcionários da SEDAM (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental), estariam emitindo licenças que permitiam que proprietários de árias rurais fizessem queimadas e limpeza de “capoeira” ou pastos. Porém, estas licenças estavam na verdade sendo usadas para derrubada de floresta nativa.

O esquema foi descoberto após a Polícia Militar Ambiental perceber a devastação que vinha acontecendo em áreas preservadas. Os militares chegaram a ser ameaçados por pessoas envolvidas no esquema. A polícia tem evidências de que o crime estaria sendo praticado há alguns anos em todo o Cone Sul de Rondônia, embora inicialmente serão tratados casos que aconteceram a partir do ano de 2015. Estima se que somente neste período tenham sido emitidas mais de 100 autorizações por parte da SEDAN.

Em entrevista coletiva, representantes dos três órgãos responsáveis pela operação Mata Nativa, contaram que a área atingida pode passar de milhares de hectares. Especula-se ainda que políticos possam estar envolvidos no esquema.

Um engenheiro ambiental e um ex chefe regional da SEDAN foram afastados de suas funções e estão sendo monitorados eletronicamente, após terem sidos confirmadas participações dos mesmos no esquema criminoso, ainda há possibilidade de mais funcionários do órgão estarem envolvidos, porém isso só virá à tona após o desdobramento da operação.

Segundo o delegado Regional, Fábio Campos, o principal foco da operação no momento seria “estancar a sangria”, já que os prejuízos para o meio ambiente nestes casos são incalculáveis. Os proprietários das áreas afetadas, bem como todos os envolvidos na fraude serão investigados e denunciados. Além de multas e de responderem pelos crimes ambientais, os acusados também poderão ser enquadrados no crime de falsidade e ideológica.

Fonte: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

 

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