As especulações em torno dos arranjos partidários e das alianças políticas tendo em vista a sucessão estadual que acontecerá no ano que vem não param. E alguns raciocínios são completamente estapafúrdios mesmo quando se sabe que em política “elefante voa”.

Ainda ecoa no mundo político a notícia de que Confúcio Moura, governador peemedebista, estaria decidido a permanecer no partido correndo o risco de não conseguir indicação para disputar uma vaga no senado, seu sonho tão revelado até agora.

PELO CAMINHO

Tá certo que em 2018 a disputa será por duas cadeiras senatoriais. O problema é que uma das cadeiras em disputa é a ocupada hoje por Valdir Raupp que pretende renovar o mandato a todo custo. Ora acreditar que nesse momento o barbudo senador de Rolim de Moura fecha um tratado de paz e amizade política com Confúcio capaz de deixar pelo caminho sua chance de reeleição é coisa que não convence os mais experientes. Os longos anos de Valdir Raupp no Senado serviram – certamente – para convencê-lo da impossibilidade do PMDB rondoniense eleger dois senadores na eleição do próximo ano.

NÃO É FÁTIMA

O barbudo senador não vai repetir a pantomima de Fátima Cleide, a petista, que hoje está no limbo político como prova de que os oito anos de Senado não foram suficientes para seu aprendizado político. Raupp (na mira da Lava Jato) mais do que ninguém sabe que não pode ficar pelo caminho.

PREOCUPAÇÃO

Confúcio Moura quase não tem similaridade com o perfil do filósofo que lhe inspirou o nome. Mesmo assim, sem nunca ter sido protagonista político importante do tipo de Raupp, é um ser político que conseguiu duas eleições como prefeito e duas como governador. Por tudo isso é claro que se preocupa com seu futuro político.

ÚLTIMA CHANCE

Certamente – embora não fale disso publicamente – Confúcio sabe que a eleição de 2018 é sua última chance de continuar na vida pública, de chegar ao Senado. E também deve saber que disputando uma legenda no mesmo partido de Valdir Raupp (considerado o dono do primeiro voto) as possibilidades de vitória são remotas. Então dá para acreditar que no momento final o atual governador vá procurar de verdade outra legenda.

MALDIÇÃO

Para Confúcio não poder disputar um novo mandato de governador deve soar como maldição. Ele é bem diferente de outro político emblemático de sua base eleitoral, Ernandes Amorim. Para Confúcio está fora de cogitação realizar um sonho ao estilo de Amorim, que disputou e venceu no ano passado a eleição de vereador.

Amorim já foi até senador e certamente sempre quis ser governador (e até prefeito de Porto Velho) o que nunca conseguiu. Confúcio, pelo que se sabe, tem como único sonho ser Senador da República. Jamais disputaria uma vaga de deputado estadual (o que nunca foi) depois de dois mandatos de governador. Isso para ele é pior que maldição.

AMIGOS

Dependendo dos nomes que se apresentarão para disputa do Senado o ainda governador Confúcio até tem chances. Mas precisa superar seu principal problema: seu partido. O PMDB de hoje é formado (e isso é fácil de constatar) por amigos, mas amigos que nas coxias se detestam.

Quem no partido está disposto a apoiar a reeleição de Valdir Raupp certamente terá restrições a carregar a pesada candidatura de Confúcio. Aliás, se nessa corrida entrar o nome de Expedito Júnior, o (ainda) governador será surrado até mesmo no interior.

 

Fonte: Folha rondoniense

sicoob

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