O Hospital Regional de Vilhena voltou neste sábado, 25, a realizar procedimentos de captação de órgãos.
A família generosamente aceitou a doação após ser diagnosticada a morte encefálica do paciente. A equipe que participou da ação agradeceu a autorização da filha do doador e lembrou que este é um ato que salva outras vidas.
O paciente de 58 anos deu entrada no pronto socorro após um acidente de moto com politraumatismo e logo foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), amputou uma perna e teve parada cardiorrespiratória.
Após receber todos os cuidados médicos necessários, foi diagnosticada a morte do cérebro dele e a família foi informada. Faz parte do procedimento oferecer a doação de órgãos aos responsáveis pelo paciente que podem autorizar ou não.
Com a disposição da família documentada, uma equipe de Porto Velho da Central Estadual de Transplantes se deslocou de aeronave até Vilhena para a retirada do rim neste sábado. O cirurgião Alber Pessoa explicou que a distância do município até a capital impede que alguns órgãos sejam doados, por exemplo, o coração, que exige o transplante em aproximadamente quatro horas. “O rim deve ser transplantado em 24 horas, então é possível”, comentou.
A diretora de práticas assistenciais e membro da Comissão de Doação de Órgãos e Tecidos, Graziele Jacob, agradeceu a família pela atitude. “Eles têm em mente que mesmo nesse momento de dor, uma outra pessoa pode continuar vivendo por esta escolha de doar”, disse.
A prefeita Rosani Donadon enfatizou que o trabalho da equipe possibilitou a volta das captações. “Sabemos que a equipe tem que manter o paciente respirando por ventilação e com os órgãos vivos até a retirada. Parabenizamos todos os envolvidos na ação”, destaca. O secretário Marco Aurélio Vasques disse que, mesmo em meio à crise que o município vive, voltar a realizar procedimentos como este é sinônimo de avanço.
Texto e fotos: Assessoria