Ouvido ontem na Câmara de Vereadores a respeito da atual situação do sistema que comanda desde o dia primeiro de janeiro, o secretário municipal de Saúde de Vilhena, Marco Aurélio Vasques, não acrescentou muito ao que já vinha sendo veiculado na mídia.

Ele falou sobre aquisição de medicamentos, contratação de profissionais e outros temas relativos a pasta que dirige, e não foi de fato “apertado” por nenhum parlamentar. A oitiva ficou no lugar comum, e pode ser classificada como inócua. No final, reafirmou que precisa de pelo menos seis meses no cargo para apresentar mudanças efetivas no setor.

Quanto à compra de remédios ele explicou que “há várias frentes de trabalho agindo nesta questão”.  Vasques detalhou a forma como está sendo utilizado recurso de emenda parlamentar de mais de R$ 1 milhão obtida através da deputada Rosangela Donadon, explicando que “cerca de R$ 700 mil foram empenhados no início de janeiro, e desse montante já foram entregues algo cerda de R$ 400 mil de medicamentos, material penso e insumos”.

Os outros R$ 300 mil ainda não foram entregues porque a Secretaria de Estado não os recebeu. Ele disse que para atender a problemas urgentes se utiliza de recursos próprios do município, recebidos da União, através de repasses, para compras. Mas, por enquanto ainda não aportou na cidade uma pílula sequer: “Nós conseguimos diversos medicamentos, que ainda não foram entregues porque estamos finalizando o processo”, justificou.

Sobre a contratação de profissionais, o secretário afirmou que existe o processo em andamento para a realização do concurso. “Optamos em fazer outro teste seletivo, abrindo as 53 vagas disponíveis e oferecendo aos profissionais oportunidade de contratação. Tivemos 114 candidatos, convocamos cerca de 40 na primeira leva, e depois mais 26.

Eu acredito que ao final desse processo nós conseguiremos preencher essas vagas”. Ele acrescentou que esta semana foram assinados contratos com um oftalmologista e um neurologista. “Não tenho dúvida que a medida em que as convocações avancem, conseguiremos fechar naturalmente a escala do pronto-socorro, um dos nossos maiores gargalos”.

Vasques ainda falou sobre a qualidade da alimentação no HR e a respeito do funcionamento da UTI, mas como foi dito no início, a reunião se assemelhou mais a um “encontro de compadres” do que uma inquirição de fato, sem o menor efeito prático. A conversa terminou com o secretário dizendo que precisa de tempo para apresentar resultados efetivos.

“Meu pedido inicial de seis meses continua sendo um pedido inicial de seis meses. Mas, no primeiro momento a gente diz que precisa deste prazo para iniciar os processos de transformação, e com dez dias começa a ser cobrado. Secretário de Saúde é igual remédio, que tem bula e data de vencimento”, disparou no encerramento.

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

 

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