O Governo de Rondônia vai selecionar 250 jovens, desempregados, com idade entre 18 e 23 anos, para prestar serviços administrativos na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar. A contratação está prevista na lei estadual que criou o Programa de Prestação Voluntária de Serviços Administrativos (PPVSA).

Para que seja deflagrado o processo de escolha dos voluntários, faltam apenas a assinatura do decreto que regulamenta a lei e o lançamento do edital de seleção. A previsão é de que o processo seletivo inicie ainda na primeira quinzena de julho. O curso para os selecionados deve iniciar em setembro.

Segundo o coronel André Luiz Glanert, da Gerência de Integração Policial e Fronteiras da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), serão destinadas 220 para a Polícia Militar e as outras 30 para o Corpo de Bombeiros. Os números correspondem proporcionalmente ao efetivo de cada instituição. Das vagas oferecidas, 10% são destinadas a pessoas portadoras de necessidades especiais.

“É um emprego temporário com duração de um ano, que pode ser renovado por mais um se houver interesse das duas partes”, explicou o coronel Glanert. Das vagas oferecidas, 10% são destinadas a pessoas portadoras de necessidades especiais.

A remuneração, segundo Glanert, neste caso chamada de auxílio mensal, é de R$ 1.288. Se o contrato for estendido por mais um ano será acrescido de mais R$ 200.

Os candidatos serão selecionados através de prova teórica e exame médico. A escolha é diferente da que seleciona militares.

O processo será conduzido por uma comissão de servidores da Sesdec, seguindo modelo utilizado pelas unidades militares no recrutamento de civis.

O PPVSA foi institucionalizado no final de março deste ano. Além de oferecer oportunidade de trabalho a jovens em situação de vulnerabilidade, propõe a liberação, para atividades operacionais, de policiais que estão em serviços administrativos.

Os servidores voluntários vão atuar nas atividades relacionadas ao videomonitoramento, call center 190, atendimento ao público e em algumas unidades e serviços administrativas, como arquivamento e produção de documentos.

“Colocar servidor voluntário no serviço administrativo significa que o policial que foi preparado para a parte operacional voltará à atividade fim, o policiamento ostensivo”, destacou o coronel.

Inicialmente, os voluntários serão empregados em locais onde o efetivo está incompleto. Não significa necessariamente que os 250 policiais serão liberados para as atividades operacionais. Os servidores voluntários terão carga horária de seis horas, enquanto os policiais cumprem 12 horas.

Os voluntários serão distribuídos em todo o estado, nas regiões onde houver instalada uma Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), Serviço de Monitoramento e Central 190.

A previsão de Glanert é de que haverá, imediatamente, melhora no serviço do 190, principalmente em Porto Velho, com a redução do tempo de resposta e incremento na atividade operacional.

Treinamento

Os voluntários receberão treinamento específico para cada área de atuação e sobre a estrutura da organização onde forem lotados. “Não será a mesma formação que é transmitida aos policiais”, adiantou o coronel Glanert.

Outra vantagem que a intervenção dos voluntários trará é a melhoria a algumas centrais de videomonitoramento. A observação atenta das imagens, em tempo real, favorecerá a prevenção. Diante de um movimento suspeito em torno de um carro, por exemplo, será possível acionar imediatamente o policiamento para evitar um crime.

Antes de ser instituído em Rondônia, o serviço administrativo voluntário já foi testado em alguns estados do País. Em Santa Catarina, por exemplo, funciona desde 2008, com 750 vagas, com resultados positivos.

Autor: Assessoria

Foto: Divulgação

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