Foi deflagrada em Guajará-Mirim pela Polícia Federal no início da manhã desta quinta-feira, 13, a operação denominada “Máfia da Tora”, realizada em conjunta com o IBAMA e a Receita Federal, que tem como objetivo, combater organizações criminosas especializadas em extração ilegal de madeiras em terras indígenas, sonegação, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.
São alvos das investigações, dois grupos distintos, porém, que atuavam de maneira similar na extração ilegal de madeira nas áreas de preservação de Nova Mamoré e no distrito de Vista Alegre.
A operação constatou também, que empresas fictícias foram criadas para a retirada de notas fiscais do sistema DOF da Receita Federal, que possibilitassem o transporte ilegal das madeiras extraídas das reservas.
Os prejuízos aos cofres públicos pelo não recolhimento dos tributos federais devidos, passam de R$ 5 milhões, segundo os cálculos da Receita Federal.
Estima-se que dezenas de milhares de metros cúbicos de madeira tenham sido retirados e transportados de forma ilegal só no estado de Rondônia, onde foram cumpridos nas cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Porto Velho, 15 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão e 5 de condução coercitiva, além da decretação de indisponibilidade de bens pertencentes aos grupos investigados. Também foram cumpridos mandados em Florianópolis (SC).
Diversas madeireiras suspeitas de envolvimento nas fraudes, também tiveram suas atividades suspensas até o término das investigações.
A maioria dos investigados do sistema fraudulento fazem parte de uma comunidade no Facebook, denominada “Máfia da Tora”, origem do nome da operação, onde eram expostas como ostentação, imagens dos carregamentos extraídos de forma ilegal e dos lucros obtidos pelos delitos.
Texto: Redação
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