O senador Ivo Cassol (PP-RO) e assessores dos deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) tiveram conversas interceptadas no âmbito de um inquérito conduzido pela Polícia Civil do Distrito Federal.
A corporação apura a atuação de uma rede de prostituição que age na capital da República e no Rio Grande do Sul. Os parlamentares e seus funcionários não eram objeto da investigação, mas acabaram caindo nas escutas com autorização judicial porque mantiveram diálogos com um cafetão alvo da investida policial.
João Wilson Costa Sampaio é apontado no inquérito como um agenciador de garotas de programa que negocia encontros sexuais em Porto Alegre e em Brasília. Nos últimos meses, ele foi monitorado pela Polícia Civil (PC) de Brasília e os agentes descobriram que o homem oferecia como prostituta até mesmo a própria companheira, com quem tem dois filhos. Segundo as apurações policiais, ele recrutava outras mulheres e as usavam para se aproximar de políticos do Congresso Nacional.
Um dos temas de interesse do cafetão, de acordo com o inquérito conduzido pela 3ª Departamento de Policia (DP), era a regulamentação da fosfoetanolamina, popularmente conhecida como pílula do câncer.
No âmbito dessa apuração, os policiais acabaram interceptando uma conversa entre Ivo Cassol e uma das prostitutas agenciadas por Sampaio, identificada como Gabriela.
O OUTRO LADO
Em resposta às acusações, o senador enviou uma nota de esclarecimento à imprensa. Leia, abaixo, na íntegra:
Com profunda indignação tomei conhecimento que meu nome foi indevidamente envolvido com prostituição por alguns veículos da imprensa. Diante disso, venho a público esclarecer que:
- A audiência tratada com o cidadão de nome João Wilson Costa Sampaio e com a mulher de Gabriela foi pública e gravada, como mostra o vídeo disponibilizado neste link: https://youtu.be/anUIM8vEEFk
- O assunto tratado em questão também foi público e se discutiu a liberação da fosfoetanolamina, conhecida como “Pílula do Câncer”. Na ocasião Gabriela forneceu um vídeo da irmã de 9 anos com câncer.
- Colocar o gabinete à disposição é deixar o chefe de gabinete disponível para discutir e resolver assuntos técnicos. Este gabinete, aliás, está sempre à disposição do povo brasileiro e procura resolver as solicitações da população da melhor forma possível, dentro da legalidade.
- É dever de todo parlamentar receber e atender bem a todos os cidadãos, independe de credo, raça, orientação sexual, religião ou vida particular. Cada pessoa deve responder pelo seu CPF e não cabe aqui julgamentos.
- Confio no trabalho e na eficiência da polícia e é meu maior interesse que esse assunto seja investigado, apurado e esclarecido para que fique comprovado que não houve nenhuma prática ilícita de minha parte nem do meu gabinete.
Texto: Metrópoles/Tudo Rondônia
Foto: Divulgação