A primeira etapa da audiência de instrução dos réus Ismael José da Silva e Diego de Sá Parente, presos acusados da morte de Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, ocorreu na quarta-feira, 23 e durou mais de 14 horas.

A audiência que ocorreu a portas fechadas e de forma consideravelmente tranquila, apesar da mãe da vítima ter precisado de acompanhamento médico, devido alterações de pressão arterial e de algumas testemunhas terem se recusado a prestar depoimento na presença dos réus, não pode ser considerada favorável para os mesmos, devido suspeitas levantadas e provas apresentadas por parte das testemunhas que compromete ainda mais a situação de Ismael, que continua negando a autoria do crime.

Em depoimento, alguns colegas de trabalho de Ismael afirmaram que no dia do crime, apesar de não terem visto o mesmo sair no horário de expediente, perceberam sua ausência devido terem precisado dele para resolver alguns assuntos ligados ao trabalho e não o encontrarem.

Policiais que participaram do caso tanto na procura da jovem como durante as investigações, alegaram que em certos momentos perceberam que Ismael e seus familiares de alguma forma tentavam atrapalhar as investigações, aparecendo em locais informados de onde haveria provas, juntamente com eles e até mesmo antes.

Por várias vezes, o Juiz Jaires Taves Barreto, que conduziu o interrogatório, indeferiu perguntas feitas às testemunhas por parte do advogado de defesa de Ismael, por considerar que as mesmas fossem de opiniões já formadas pelo mesmo.

Apesar de se negar a prestar depoimento na presença de Ismael, a mãe da vítima, afirmou que o visitou na cadeia e que teria escrito uma carta para ser anexada ao processo por parte da defesa, onde inocentava o réu, por acreditar que o mesmo não teria praticado o crime.

Porém, através da perícia do GPS do celular de Jéssica, ficou provado que a jovem esteve na rua que dá acesso à residência de Diego, réu confesso, que teria delatado o comparsa após sua esposa ter sido presa sob suspeita de participação no crime. Quando confessou, Diego disse que não pagaria sozinho pelo que não havia feito.

Os investigadores tiveram acesso às contas do Gmail dos aparelhos celulares dos acusados, onde  foram encontradas várias pesquisas antecedendo o dia do crime, sobre como clonar o aplicativo WhatsApp, como recuperar  conversas apagadas no mesmo e sobre como rastrear uma pessoa pelo número do celular, pesquisas estas, realizadas também, no computador  que Ismael  utilizava em seu trabalho.

As informações batem com relatos de uma testemunha, que reside ao lado da casa onde o crime teria ocorrido, onde afirmou ter ouvido uma voz feminina dizendo em alto tom: ” Eu não mandei mensagem, eu não liguei pra ninguém “.

Devido os contratempos com a saúde da mãe de Jéssica, oito testemunhas foram dispensadas e serão ouvidas no próximo dia 31, na segunda etapa da audiência.

 

Texto e fotos: Extra de Rondônia

sicoob

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