Em seu depoimento, prestado nesta quinta-feira, 31, durante a segunda fase da audiência de instrução dos réus e testemunhas, realizada no Fórum da Comarca de Cerejeiras, Ismael José da Silva, de 35 anos, mais uma vez negou ter matado a ex-namorada Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, assim como também negou ter traído a mesma ou ter compactuado com Diego de Sá Parente, para realizar um teste de fidelidade com a jovem.
Ismael afirmou também, que Jéssica nunca havia desconfiado dele até que Diego a induziu a isso, após ter descoberto que a cerca de um ano e meio atrás, o mesmo havia trocado mensagens com uma jovem que trabalhava em um supermercado da cidade. Jovem esta, com a qual Ismael afirmou também, não ter tido nenhum tipo de relacionamento além das referidas mensagens.
Com relação ao laudo pericial que apontou a presença de sangue na calça que usava no dia em que Jéssica foi morta, Ismael alegou que o mais provável é que seja seu, pois em seu trabalho no DETRAN, o mesmo acabava se ferindo sempre nas trocas de lacres das placas e latas dos veículos, durante as vistorias que realizava, mostrando as cicatrizes que possui nas mãos referente ao trabalho.
Ismael confirmou ter recebido uma visita da mãe da ex-namorada e que a mesma teria lhe dito que acreditava em sua inocência. Ainda segundo Ismael, a confiança da família de Jéssica com relação a ele, vem de bem antes do relacionamento dos dois, pois por diversas vezes a família viajou e deixou o cuidado da casa sob sua responsabilidade e que antes de se separar de sua esposa, já havia levado a mesma e seu filho para apresentar para os pais de Jéssica.
Além de afirmar não ter conversado com Diego na cadeia e ter solicitado ficar em cela separada, devido temer o primo, Ismael relatou ter sido pressionado a confessar o crime por parte do delegado responsável pelo caso, após a confissão de Diego.
Dentre outras afirmações, o réu relatou que Diego sempre foi muito mentiroso e sempre teve inveja de tudo que ele tinha. Afirmou também, que o mesmo já havia dado em cima da vítima e mesmo desconfiando que o primo pudesse ter algo a ver com a morte de Jéssica, só não o acusou em primeira instância, a pedido de sua própria mãe, que no aconselhou a não acusá-lo sem provas, devido serem primos.
Por fim, o acusado confessou ter sentido medo de ser linchado no dia de sua prisão ou de que sua família sofresse represálias por parte da população.
Texto e foto: Extra de Rondônia