Rafael Mazieiro, eleito vereador no último pleito com 1.346 votos pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), visitou a redação do jornal eletrônico Extra de Rondônia na última sexta-feira, 15, onde fez um balanço de sua atuação nos primeiros oito meses de mandato.
Rafael tem 27 anos, é advogado, teve intensa participação em movimentos sociais na cidade, sendo coordenador do dia do basta, entre outras manifestações contra a corrupção no país.
Segundo ele, não esperava uma votação tão expressiva, sendo que ele mesmo ficou surpreso em se candidatar naquele momento, pois se filiou a sigla no último dia. Não fez pré-campanha, pois não era filiado a nenhum partido político. E, teve incentivo da família, dos amigos e a vontade de tentar de alguma forma se fosse eleito, ajudar no desenvolvimento do município.
Falando sobre seus oito meses como parlamentar, Rafael em primeiro discorreu a respeito da polêmica eleição da mesa diretora, e do grupo dos seis, como foi taxado na época e até hoje respinga sobre eles.
O vereador afirma que seu nome foi cogitado para presidência da casa, mas não tinha intensão de concorrer, queria escolher alguém que representasse bem o parlamento, no caso de ter escolhido o Adilson de Oliveira, foi porque ele já tinha experiência, sendo que já exerceu o cargo vereador em outra ocasião.
Rafael disse que assumiu por quatro dias a presidência da Câmara devido a vereadora Leninha ter passado mal e ficado internada, com isso, colocou em prática um desejo que alimentava desde os movimentos sociais que as sessões na Câmara fossem a noite. Sendo que deu certo e até hoje as sessões começam as 19h30 – e isso trás a comunidade a participar ativamente das decisões tomadas no parlamento.
De acordo com o vereador, logo no começo da legislatura, ter participado de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), como relator foi muito desgastante, pois teve que estudar muito, para tomar a decisão certa, sendo que três companheiros de casa estavam na berlinda para serem culpados ou inocentados. “Sendo que a maioria dos vilhenenses falavam que tudo iria acabar em pizza e nenhum dos acusados perderiam seus respetivos mandatos. Os membros da comissão fizeram um trabalho excepcional de investigação e captação de provas, dando o parecer favorável à cassação dos três acusados, no qual foi votada na Câmara e o resultado todos sabem, não terminou em pizza”, salientou Rafael.
Entretanto, está tramitando na Câmara mais duas CPI’s que apuram a falta de decoro de mais dois vereadores envolvidos na questão dos loteamentos, que no final das investigações se for procedente podem ter seus mandatos cassados.
Mazieiro ressalta que a CPI para investigar a prefeita Rosani Donadon, não foi politicagem, como algumas pessoas espalharam pela cidade, mas devido estar em andamento duas na casa, não era prudente aceitar mais uma, pois a prefeita não tinha sido indiciada. Rafael afirma que os vereadores não foram omissos, eles ouviram pessoas e se atentaram a buscar informações e explicações. Porém, chegou ao conhecimento que a Polícia Civil iria investigar o caso, com isso, se as investigações policiais constatar que há indícios e provas de desvio de combustível na Semosp, com certeza os vereadores não irão se furtar em tomar as devidas providências.
Citado por algumas pessoas como o vereador que mais enviou requerimentos ao Executivo pedindo informações, cópias de processos e notas fiscais, Mazieiro explica que até agora foram 11 requerimentos – sendo que foram solicitadas informações sobre diárias de secretários, prefeita, vice-prefeito, compras de medicamentos, informações e notas fiscais com gastos com a merenda de todas as escolas do município e despesas com o desfile de 7 de setembro em Vilhena e no distrito de Nova Conquista. Segundo o vereador, não é perseguição, é sua obrigação como parlamentar fiscalizar os gastos do Executivo.
No caso do seu tio estar no quadro de comissionado da prefeitura, “Rafael deixa claro que não é indicação dele, e sim que seu tio trabalhou na campanha da prefeita e por mérito dele, hoje integra o quadro de funcionário do município”, ressaltou.
Na questão de solicitações e projetos, Mazieiro diz que fez cerca de 60 indicações e diversos projetos, sendo que a maioria foi atendia, e outras ainda serão pela a prefeita.
O vereador ainda cita que fez várias viagens a Porto Velho em busca de melhorias para Vilhena, sendo que conseguiu junto ao deputado Luizinho Goebel e o diretor do DER Ezequiel Neiva, quatro cargas de lama asfáltica e pó de brita para o Tiro de Guerra, Além de R$ 510 mil – com a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), para construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro Barão do Melgaço II – R$ 210 mil, para atender a saúde – com o deputado federal Expedito Neto (PSDB), a última viagem foi para conversar com o deputado estadual Leo Moraes – onde tratou do assunto sobre a questão do som em Vilhena, sendo que o deputado citado está trabalhando numa Lei estadual para regulamentar a atividade de quem trabalha na noite com som e também dos empresários do ramo de carro de som. Além disso, reuniões com o Ministério Público (MP) e com a Polícia Ambiental e SEDAM – sobre o assunto.
Na visão do vereador, o Hospital Regional de Vilhena (HRV), já melhorou muito, mas ainda precisa de mais atenção das autoridades que administram o município e compromisso com a comunidade. Com isso, é uma questão de tempo para que o HRV seja referência em saúde no Estado.
A questão das diárias, Rafael disse que o projeto da resolução que foi aprovada pela Câmara, precisa que todos os parlamentares estejam alinhados, só assim a economia vai ser significativa, pois o valor de R$ 5 mil é verba indenizatória, sendo que o vereador vai ter que pagar as despesas do próprio bolso, depois apresentar notas fiscais para ser ressarcido. Mazieiro enfatiza que a Parati será doada, a Câmara ficará com o Gol para serviço interno, e a caminhonete será usada pelos vereadores para viagens dentro do Estado, isso deverá promover uma economia de gastos com gasolina e impostos.
Vilhena vai completar 40 anos de emancipação política, e a organização vai ficar a cargo da Secretaria de Cultura, Rafael diz que é solidário e vai ajudar na preparação da comemoração, mas que vai ficar de olho para que não haja exageros nos gastos da festa, e pede ao secretário da cultura que convide todos vereadores para participarem e darem opiniões para que a festa seja a contento de todos.
O vereador nega que é pré-candidato a deputado estadual, mas afirma que está a disposição do partido.
Para finalizar a entrevista, Rafael ressalta que seu foco é Vilhena em primeiro lugar e que está à disposição de qualquer cidadão vilhenense em seu gabinete na Câmara Municipal.
Texto e Foto: Extra de Rondônia