Na manhã da última terça-feira, 17, a psicóloga e gerente técnica do serviço de Assistência Especializada (SAE) e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Maria Zilda Golin, relatou sobre o funcionamento da instituição e sobre as medidas protetivas para evitar a contaminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis, conhecidas como DST’s.
Segundo Maria, o centro dispõe de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos de enfermagem, laboratórios para a realização dos testes rápido para hepatite B e C, sífilis e HIV. E sua função é gerenciar todo o programa de serviços voltados para as doenças.
De acordo com a psicóloga, o paciente passa por lá, realiza os exames e caso seja positivo inicia o acompanhamento e tratamento necessário. Zilda destaca que qualquer pessoa pode ir espontaneamente ou através de encaminhamento médico para realizar os exames.
Golin explica que “no caso do paciente ter contraído a hepatite, ele passará a fazer parte do programa de recebimento do tratamento; se for sífilis ele receberá todo o tratamento necessário para a cura e se for diagnosticado com HIV ficará dentro de um programa que o acompanhará com exames, periódicos, medicamentos, acompanhamentos psicológicos e médicos. O portador do HIV passa a ser um paciente chamado de crônico que é o que não tem cura ainda e precisa de uma atenção maior pelo resto de sua vida.”
A gerente ressalta também que “o centro realiza campanhas a nível nacional mostrando que essas doenças ainda é uma epidemia e que as pessoas só podem saber se tem ou não somente por meio do teste, pois são doenças que demoram para se manifestar.”
Maria também detalha que as doenças como a hepatite começam a se manifestar com alguns sintomas no fígado depois de anos e o paciente já pode estar desenvolvendo uma cirrose ou câncer no fígado; a sífilis causa a deformidade óssea, loucura dentre outros sintomas; já o HIV é um vírus que se transforma na Aids. A pessoa contaminada pode morrer por uma série de doenças oportunistas que o atinge, isso devido à característica da doença, que consiste na diminuição da imunidade até que o individuo ad quira uma doença que o mate. Podendo ser uma toxoplasmose, diarreia ou até uma série de infecções que podem deixá-lo com graves sequelas ou levá-lo a morte.
Outro ponto citado pela psicóloga é sobre dizer qual a doença que mais atinge a população vilhenense, de acordo com ela “não se tem um dado concreto, mas sabe-se que o Brasil inteiro está com alto índice de sífilis, devido a isto existe uma campanha especifica que visa à motivação das pessoas para realizarem o teste e saber o diagnostico. Principalmente na gestação, o teste é feito e exigido para estar prevenindo a sífilis congênita, passado da mãe para o filho, fazendo com que o bebê nasça morto ou com alguma deficiência”.
Já em relação ao HIV, Golin afirma que “ele ainda é uma epidemia e também possui um índice muito alto em todo o país. Vale ressaltar que ele é adquirido através da relação sexual (oral, vaginal e anal) sem proteção, contato com material perfuro cortante (navalha, alicate, seringa ou qualquer material que entrou em contato com sangue de outra pessoa infectada) ou contaminação”.
O centro também trabalha com acompanhamento domiciliar, principalmente quem esta em situação de risco como usuários de drogas, o paciente que está em estado mais grave ou terminal. Além de ser oferecido medicamentos por meio do ministério da saúde que são específicos para Aids.
Zilda enfatiza que no ano que vem será centralizado a distribuição dos medicamentos de hepatite, pois hoje se encontra apenas em Porto Velho. Já os remédios para tratamento de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) são prescritos pelos médicos e podem ser adquiridos nas farmácias básicas.
Em relação às campanhas realizadas na área da educação, as próprias instituições possuem hoje um pessoal qualificado para desenvolver essas campanhas e orientação aos estudantes, mas quando é necessário ainda é realizado palestras para contribuir com os projetos. Cabe lembrar que existem também Ong’s e agentes de saúde que contribuem com as escolas.
Maria finaliza alertando que “, todos devem ficar atentos, realizar os exames necessários, se informarem mais a respeitos dos métodos de prevenção e é fundamental que após os exames o paciente tome para si a mudança de comportamento de risco evitando práticas que o exponha as doenças, pois não é um teste cotidiano que deva ser feito todos os meses, com exceção das profissões de risco, como profissionais do sexo, da saúde, manicures e até mesmo os usuários de drogas injetáveis”.
Texto e Fotos: Extra de Rondônia