Na manhã desta sexta-feira, 03, o médico legista Kedson Abreu Souza, lotado em Vilhena, procurou o Extra de Rondônia para denunciar um problema que há muito vem sendo enfrentado por sua equipe, com relação à emissão de declarações de óbito por parte dos médicos do Hospital Municipal de Colorado.

Segundo Kedson, os médicos plantonistas vêm se negando a realizar o procedimento amparado por um documento elaborado pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina, no ano de 2007, que foi apresentado por este e conferido e arquivado pelo site, que imputa ao médico plantonista a responsabilidade da emissão da declaração de óbito em casos de morte natural ou não natural, quando não há no município a figura do médico legista oficial.

Ainda segundo Kedson, por consideração aos familiares das vítimas, há mais de dois anos, os legistas de Vilhena têm se dirigido até o referido município, mesmo quando nas causas das mortes não há crime a ser apurado, simplesmente para preencher o documento que os médicos têm se negado a elaborar, por mera resistência.

Além do caso do jovem Fagner Benedito Menezes, de 25 anos, que morreu vítima de uma queda de moto na madrugada de quinta-feira, 02, em Cabixi, cujo corpo ainda se encontra no IML de Colorado, devido à sonegação do documento por parte dos profissionais da unidade, o legista afirmou também, que já houve um caso, em que uma mulher morreu em casa, vítima de um câncer, porém, os médicos se negaram a preencher o documento (declaração de óbito), gerando desconforto e transtornos aos familiares.

Para concluir, Kedson relatou que durante os últimos 4 anos, já foram realizadas reuniões com as gestões da unidade, a fim de solucionar o problema, porém, permanece a resistência por parte dos profissionais e o descaso com as famílias, que além da dor da perda, são obrigados a passar pelo constrangimento de não poderem enterrar em tempo hábil, seus entes queridos.

Texto e fotos: Extra de Rondônia

sicoob

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