Visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã do último sábado, 4, o deputado federal Lúcio Antônio Mosquini (PMDB).
Mosquni, 49 anos, é engenheiro eletricista, tem sua base eleitoral no município de Jaru, foi eleito no último pleito com mais de 40 mil votos. Em passagem pelo Extra, fez um breve relato da sua atuação no Congresso Nacional.
De acordo com Mosquini, está visitando a região do Cone Sul, pois se trata de um braço de Rondônia. Como se fosse uma Europa isolada, sendo que, quem está em Vilhena e visita Porto Velho, não acredita que está no mesmo Estado.
Pois a região do Cone Sul tem uma colonização diferente e um modelo de implantação econômica diferenciado, sendo muito importante o Cone Sul para o Estado de Rondônia.
Lucio diz que sempre que tem tempo vem ao Cone Sul, e nessa agenda de visita, teve audiência pública no município de Cabixi, onde foi discutido um assunto de suma importância para a região que é a rodovia que vai ligar o município de Comodoro-Mato Grosso a cidade de Cabixi.
Mosquini disse que há mais de dois anos está empenhado neste projeto, e agora está faltando apenas um quilômetro para que a estrada chegue ao município de Cabixi, mas o projeto parou numa barreira ambiental, sendo que audiência foi exatamente para discutir esse assunto.
Lucio enfatiza que no próximo dia 23 estará em Cuiabá-MT com o vice-governador que também é secretario do meio ambiente do Estado, e vai interceder junto ao Ministro Blairo Maggi, para que dê uma solução para o impasse.
Mosquini ressalta que outra bandeira que está empenhado, é a questão da regularização fundiária. Inclusive ajudou a escrever o marco da regularização e é um dos autores da Lei 765, que trata desta questão, no qual foi entregue ao Presidente Michel Temer.
Lucio afirma que a lei é de suma importância, pois em função dos conflitos agrários, já foram enterrados em Rondônia 36 pessoas nesse ano de 2017, sendo que essa quantia de gente assassinada por conflito agrário levou o Presidente a editar a medida provisória 765 – que foi para o Congresso Nacional e originou a Lei 13465, que trata da regularização fundiária.
Lucio afirma que está fazendo palestras em várias cidades para esclarecer o assunto e incentivar o agricultor a ir até ao INCRA e depois a um cartório para registar o titulo. Com isso, se tornarem proprietários definitivos das terras.
Sendo que o agricultor que tiver a documentação em mãos, com certeza não terá sua terra invadida, isso de certa forma irá diminuir invasões e conflitos agrários. Hoje em Rondônia tem 104 conflitos agrários prontos para explodir, e 90 mil propriedades sem documentos, ressaltou Mosquini.
Na questão de o produtor rural ter arma de fogo para se defender, Mosquini disse que foi até aos Estados Unidos buscar conhecimento sobre o assunto.
O deputado disse que é autor de um projeto de Lei que prevê o porte e registro de arma de fogo de cano longo até calibre 12 para pessoas maiores de 25 anos e que sejam produtores rurais, isso para ter em seu domínio uma arma para inibir possíveis invasores, ou assaltantes.
Antigamente, os proprietários de terras tinham armas para defenderem suas famílias e propriedade. Os assaltos na área rural praticamente não existiam. Entretanto, não precisavam de registro, mas hoje quem for pego com arma sem registro está cometendo um crime e responderá por tal ato.
O projeto de Lei vai viabilizar a compra e arma de cano longo. E, será muito rápido, pois na loja credenciada o comprador terá que provar que é produtor rural, além disso, um aplicativo fará uma leitura e checará a vida da pessoa por completo, e se não haver nenhum impedimento à compra será aprovada e o cidadão saíra da loja com o registro em mãos.
Sobre emendas para atender o Cone Sul, Mosquini destaca que o deputado fica um mandato só para aprender andar em Brasília, mas está se desdobrando para atender as demandas do Estado e está atuando mais na área da produção agrícola. Porém, não deixando de lado a saúde, educação e segurança pública.
Lucio salienta que recebeu em seu gabinete em Brasília, a prefeita de Vilhena Rosani Donadon, onde tratou do apoio da emenda de bancada para a construção de um novo prédio para abrigar Hospital Regional, entre outros assuntos.
Lucio explica o porquê de ter votado a favor de Michel Temer. Segundo o deputado, votou de acordo com sua consciência, pois se tirassem Michel, quem iria assumir a presidência do país, seria o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Maia, por seis meses, depois os deputados teriam que eleger um Presidente tampão, e já em outubro de 2018 haveria nova eleição. Toda essa movimentação deixaria o país que já está em crise em estado crítico, salientou.
Para encerrar a entrevista, Mosquini diz que está como deputado federal e que trabalha para todo Estado. E que o diferencial está em atender aos anseios da comunidade. Em Urupá semana passada entregou cerca de 40 títulos a produtores rurais, sendo um avanço muito grande, pois já se trata de documentos com apoio da nova Lei de sua autoria, encerrou.
Texto e Fotos: Extra de Rondônia